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Viradão Vitória: 40 mil pessoas curtiram atrações no Centro Histórico
Publicada em | Atualizada em
Por Leo Vais, com edição de SEGOV/SUB-COM


Samba, pop, blues, rock, ópera, rap, congo, além de teatro, contação de histórias, dança, cinema e performances artísticas. Esse é um resumo da programação do Viradão Vitória, evento que levou 24 horas de atrações culturais para o Centro Histórico nos últimos sábado (12) e domingo (13).
Quase 40 mil pessoas ocuparam as ruas do corredor cultural do Centro, além de espaços tradicionais como as praças Costa Pereira e Ubaldo Ramalhete e o Parque Moscoso. Para a secretária municipal de Cultura, Ana Laura Nahas, a segunda edição do evento foi um sucesso.
"A Virada Cultural superou todas as expectativas. A cidade abraçou a proposta de maneira generosa e provou, mais uma vez, a vocação do Centro para a cultura e a convivência harmônica entre os mais diferentes estilos. Tivemos rock, pop, samba, samba-rock, rap, música instrumental, cinema, literatura, dança, congo, teatro e artesanato, movimento intenso nos bares, famílias inteiras, crianças na praça e bicicletas na rua em 24 horas de atrações que, de modo democrático, transformaram o Centro de Vitória numa imensa área de lazer ao ar livre".
Casa Porto das Artes Plásticas
O Viradão Vitória começou com o show da banda Mundo Livre S/ A na varanda da Casa Porto das Artes Plásticas. O grupo pernambucano levou um repertório que lembrou canções de toda a carreira.
Na manhã de domingo, o espaço recebeu a 4ª edição do Mercado do Vinil, evento idealizado pelo colecionador Luiz Cláudio Casado, com apresentações de DJ´S, feira de vinil e grafite.
Cortejo de congo
Após a apresentação do Mundo Livre S/ A, o cortejo do congo manteve a animação e levou o público, com muito batuque e dança, até a praça Costa Pereira. O prefeito Luciano Rezende participou do cortejo e ajudou a puxar a alegria do bloco tocando uma casaca.
Praça Costa Pereira
No sábado, a praça Costa Pereira recebeu um show com harpa da musicista Gláucia Lourenço, com músicas do erudito ao popular, e a performance “A Escola dos Amantes", adaptação de um trecho da ópera “Cosi Fan Tutte”, de Mozart, que utilizou elementos do teatro de rua, instrumentos acústicos e figurinos com referência a Commedia Dell’arte.
Já no domingo, duas apresentações encantaram a plateia. No pocket show circense “O impossível é a nossa prática”, os irmãos Wallace e Alcleir Júnior Kyoskys apresentaram números de parada de mão e acrobacias. Na sequência, a intervenção colaborativa “Lab_Rua Oiticiclark”, coordenada por André Arçari e Ivna Messina, que consiste em reativar obras dos artistas Hélio Oiticica e Lígia Clark.


Viradão Rap
O público lotou a rua do Rosário para assistir aos 20 pocket shows de rap, além de apresentações de DJ's e BBOY´s e uma animada batalha de MC’s.
Praça Oito
Na praça Oito, o público viu três shows diferentes. O Grupo Vocal Mucane abriu as apresentações com um show que uniu a música - samba, rap e rock – e o teatro. Na sequência, o Cinco Nós apresentou um repertório pop romântico autoral que incluiu sucessos como “Kanabiais” e surpresas, como uma versão quase jazz de “Wonderwall”, da banda de rock Oasis.
Logo depois, o samba invadiu a praça Oito com a cantora Roberta Sá. A potiguar apresentou grandes sucessos, como “Mais Alguém”, além das canções do próximo trabalho, “Delírio”, que será lançado em outubro, e saudou a plateia capixaba: "Vocês são a melhor plateia de primeiro show da vida!"
Corredor Cultural Nestor Gomes
A rua Nestor Gomes provou sua vocação para a arte. Durante o sábado e o domingo, a poesia, o mercado de pulgas e uma programação com vários DJ´s, além de uma sessão de cinema especial com o filme “Entreturnos”, marcaram a participação dos empreendedores na segunda edição da Virada.
Casa da Stael
Um dos espaços mais concorridos entre os produtores do Centro foi a Casa da Stael, tradicional espaço de fomento cultural que teve uma programação especialmente preparada para o evento com música, feira de arte e moda, exposição fotográfica e almoço musical.
Praça Ubaldo Ramalhete
O rap abriu a programação com a participação do grupo Fora de Padrão, um dos destaques da cena hip hop local. Na sequência, o rock blues do Muddy Brothers incendiou o local com um show autoral que teve o ponto alto quando o guitarrista Will Just, que estava sem o slide, pegou uma garrafa de vidro e tocou um solo perfeito, mostrando uma técnica apuradíssima.
Na tarde de domingo, Chico Lessa apresentou seu som apurado, influenciado pelo jazz e que dialoga com grandes movimentos da MPB, como o Clube da Esquina, em uma apresentação clássica.
Lounge e Festival de Cinema de Vitória
O bom e velho samba tomou conta do lounge do Festival de Cinema de Vitória com a apresentação da cantora Marcelle Motta e do grupo Café com Fumaça. Com voz forte e presença de palco, a artista ganhou o público com vários clássicos do gênero, deixando um clima de total animação para o DJ Zappie, que tocou um set de black music.
Depois do lounge, o público ainda conferiu a exibição de “O Animal Sonhado”, filme do Ceará que foi escolhido especialmente para a exibição durante o Viradão Vitória.
Projeções 3D
O Pixx Fluxx preparou uma série de interferências visuais nas paredes do Theatro Carlos Gomes. O mar e as embarcações do Porto de Vitória foram a inspiração para as projeções, que também mencionavam os 464 anos da cidade.
Parque Moscoso
A manhã de domingo foi das crianças no Parque Moscoso. O tradicional parque recebeu uma programação especial do projeto Viagem pela Literatura, da Biblioteca Municipal Adelpho Poli Monjardim, com contação de histórias, banca troca de livros e a apresentação teatral do “O sonhador”.
Mucane
O Museu Capixaba do Negro “Veronica da Pas” – Mucane recebeu no domingo (13) uma série de apresentações. Começou com a contação de histórias afro, as lendas e os personagens que habitam a imaginação de pessoas de todas as idades.
Na sequência, o espetáculo “Caos”, cujos atores deram um show de contorcionismo e uso da força para expressar a agonia dos tempos atuais, em que a maioria das pessoas se vicia e não consegue se desconectar da tecnologia.
Encerrando a programação do museu e da Virada, o show do cantor, compositor e percussionista capixaba Ronaldo Rossmam, com uma apresentação que reuniu vários gêneros da música brasileira e estrangeira e outras manifestações folclóricas como o congo, o ticumbi, o caxambu e os cantos indígenas.

