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Praças Costa Pereira e Oito recebem a campanha do Laço Branco
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Por Regina Freitas, com edição de Deyvison Longui
"Uma vida sem violência é direito de toda mulher". Com esse slogan a Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos (Semcid) realiza nesta segunda-feira (07), a Campanha dia D do Laço Branco nas praças Costa Pereira e Oito, no centro da capital.
Durante toda a manhã os homens puderam deixar sua assinatura no abaixo-assinado da não violência contra a mulher. A campanha, que é em nível nacional, já contava até, a manhã desta segunda-feira, com 43.012 assinaturas de todo o país.
Em Vitória, a estimativa da gerente de Políticas de Gênero da Semcid, Vanda de Souza Vieira, é conseguir 500 assinaturas. Mas a expectativa é que se consiga um milhão de assinatura em todo o país. Ao aderir a campanha, por meio da coleta de assinaturas, os homens se comprometem a lutar pelo fim da violência contra a mulher.
Violência
Os homens são o foco desta campanha, uma vez que, de janeiro a setembro deste ano, o Centro de Atendimento às Vítimas de Violência e Discriminação (Cavvid), da Prefeitura de Vitória, registrou 423 casos de vítimas de violência de gênero, que geraram 1.862 atendimentos, contando com os retornos das vítimas ao centro na busca da solução dos conflitos.
Dos 423 casos, 96% são vítimas do sexo feminino, dados que reafirmam a necessidade de sensibilizar a sociedade para a questão da violência contra a mulher. Dos 200 países, apenas 18 têm uma legislação de combate à violência contra a mulher, sendo que o Brasil é o 18º país, com a implantação da Lei Maria da Penha.
Embora a ação esteja nesta segunda-feira na praça, ela não termina neste dia. Ela continua até o dia 8 de março de 2010. E, os homens que quiserem aderir a campanha, poderão fazê-lo pelo site www.homenpelofimdaviolencia.com.br.
Depoimentos
O radialista e músico amador Wallace Menezes, morador do centro de Vitória, foi um dos primeiros a aderir à campanha. Ele conta que sua mãe foi vítima da violência do pai por muitos anos e só consegui se ver livre, quando consegui transferência de Manaus para o Rio de Janeiro.
"Meu pai era um alcoólatra e agredida minha mãe e, além dela, a nós, filhos, pois havia a violência psicológica. E é inadmissível que em pleno século 21, ainda, haja qualquer tipo de violência contra a mulher". Ele, que é casado há 17 anos, considera a campanha com uma das mais justas.
Além dos moradores da capital, a campanha está conseguindo assinaturas de moradores de outros municípios, como o vigilante Carlos André, da Serra, que afirma ter participado porque um homem bater em uma mulher é uma covardia. "É uma covardia um homem ser violento, com uma mulher que faz tanto por ele", enfatizou.
O motorista, Wilson da Silva, morador de Vila Velha, é outro a contribuir para as centenas de assinatura. "Sou a favor da paz em todo o tempo, pois é o melhor que podemos ter", destacou.