Prefeitura de Vitória

Trabalhar as diferentes formas de moradia de forma lúdica, abordando conceitos de geografia e urbanização das cidades, e ainda promover interação com outras turmas e também trazer a família para dentro do espaço escolar. Esses foram os objetivos da peça teatral "As porquinhas e suas amigas", realizada pelos estudantes do 1º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Éber Louzada Zippinotti, que fica em Jardim da Penha.

Foram semanas de preparação e dedicação dos estudantes para ajustar os mínimos detalhes de uma bela dramatização adaptada, que encantou os familiares e responsáveis presentes. Junto à professora Marta Cândido, eles participaram ativamente de todo o planejamento, indagando sobre o tema e dinâmica e ainda fazendo sugestões de cenas para o roteiro da peça.

Para envolver os estudantes de forma efetiva na história e utilizando ideias criadas por eles mesmos, a professora ressignificou a história "Os três porquinhos", que tem origem no folclore inglês e foi transmitida oralmente até ganhar a versão escrita por Joseph Jacobs.

Prédios e apartamentos substituíram as casas da história original e também foram introduzidos celulares para a comunicação entre os três personagens principais da trama, que foram interpretados por meninas. Além disso, a "lobinha do mau" não consegue derrubar o prédio e se sente mal pelo esforço, e é então que as porquinhas chamam um veterinário para salvá-la, finalizando a história de forma diferente da famosa literatura infantil.

A estudante Maitê Oliveira, 6 anos, adorou participar da apresentação junto com os colegas. "Foi tudo muito especial. Eu e meus colegas ajudamos a pensar na história e mudamos algumas coisas que pensamos ser melhores. Todo o treino e esforço nas aulas valeu a pena", disse.

A mãe de Ana Clara, Thais Mendes, fez questão de prestigiar a apresentação da filha e contou que ficou emocionada. "A peça teatral foi um sucesso, uma experiência maravilhosa. Vejo que ela adorou tudo isso e ficou muito feliz. Fiquei realmente muito emocionada", afirma.

Integração e adaptação

A professora Marta explicou que a dramatização é uma forma efetiva de aprendizagem nessa faixa etária, uma vez que desenvolve a capacidade motora, a criatividade, a imaginação e o raciocínio lógico. Além disso, é uma estratégia pedagógica importante para promover socialização, boa convivência e respeito ao próximo.

"São turmas que vieram da Educação Infantil, então são muitas novidades e uma nova realidade quando chegam à Emef. Com a dramatização, fica mais fácil a integração com as outras crianças, que é importantíssima para a adaptação, também favorece a autoestima e a confiança. Inclusive, fizemos convites e fomos nas outras turmas convidar os colegas para apresentação e eles falaram e apresentaram o tema", disse.

Aprendizado lúdico

Em sala de aula, as turmas vinham trabalhando com conceitos de geografia e espaços urbanos, falando sobre os tipos de moradias e todos os processos envolvidos, desde a construção das casas e edifícios até as pessoas de fato ocuparem as residências. Diversas pesquisas e sequências didáticas foram desenvolvidas com os estudantes até a formação do roteiro da apresentação.

"São turmas muito animadas, inventivas e participativas. Estiveram o tempo todo envolvidos ativamente nas aprendizagens propostas, sendo protagonistas das próprias histórias. E as turmas maiores que viram adoraram a apresentação, elogiaram muito e houve uma interação e socialização muito positiva entre eles", contou a professora.