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Motorista é detido após se recusar a fazer teste do bafômetro em Vitória
Publicada em 14/01/2025, às 16h50 | Atualizada em 14/01/2025, às 16h53
Por Cauã Vieira (cvasgomeseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes
Um motorista, de 30 anos, foi detido pela Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV) após se recusar a fazer o teste do bafômetro. O caso aconteceu em Jardim da Penha.
Na madrugada de domingo (12), uma equipe acompanhava a dispersão das pessoas que curtiam os shows na Arena de Verão, em Camburi, quando receberam a informação que um homem estaria agredindo a própria namorada.
Os guardas foram até o suspeito com as características informadas para averiguar a situação, quando visualizaram o indivíduo saindo com um veículo que estava estacionado na Avenida Construtor David Teixeira.
"Uma ordem de parada foi feita, sendo ignorada pelo homem, que tentou evadir pela via. Um acompanhamento foi realizado até alcançá-lo nas proximidades da Ponte de Camburi. O detido realizou vários xingamentos contra a equipe, se mostrando bastante alterado", contou Charles De Marchi, coordenador do Grupo Tático Operacional (GTO) da Guarda de Vitória.
O condutor se recusou a passar pelo teste do bafômetro. "Por apresentar mais de dois sinais de embriaguez, o homem foi conduzido pelo crime de embriaguez ao volante. Realizamos o auto de constatação e o levamos para a Delegacia Regional de Vitória", completou o coordenador.
O veículo foi liberado para a namorada do motorista após ela realizar o teste do bafômetro e apontar negativo.
Recusa ao bafômetro
No ano de 2024, foram registradas 554 negativas de teste do bafômetro em blitze realizadas pela Guarda de Vitória. As recusas acontecem após um guarda solicitar a um cidadão para que o teste seja realizado, mas tem o pedido negado. Apesar de parecer uma "saída simples", a atitude tem implicações para o condutor que não podem passar despercebidas.
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a recusa é uma infração gravíssima que leva a perda de sete pontos na carteira de habilitação. Nesse tipo de situação, a multa aplicada é no valor de R$2.934,70, além da suspensão do direito de dirigir por 12 meses e retenção do veículo até a apresentação de um condutor habilitado.
Ainda que o condutor se recuse a passar pelo teste, ele poderá ser enquadrado no crime de embriaguez ao volante se houver indicativos da ingestão de bebida alcoólica.
"Se o condutor tiver pelo menos dois sinais de embriaguez, como fala arrastada, olhos avermelhados, odor etílico, conversa desconexa, entre outros, é possível configurar a embriaguez sem o teste etílico. A autoridade de trânsito presente no local confeccionará o auto de constatação de alcoolemia, atestando os sinais e configurando crime de embriaguez na direção de veículo automotor. Esse motorista será conduzido para a delegacia", explicou Charles De Marchi.
Quem acha que vai escapar da multa ao se recusar está muito enganado. A Guarda Civil Municipal de Vitória ressalta a importância de não dirigir após consumir bebidas alcoólicas.
"O álcool prejudica o reflexo, ou seja, a tomada de decisão, antes mesmo dos sinais físicos aparecerem. Ou seja, 'só uma dose' já causa efeitos negativos na condução de veículos. Saia de casa de ônibus, táxi ou de carro de aplicativo. Não apenas por medo de uma multa, mas para preservar a sua segurança, a dos seus caronas, passageiros e dos outros condutores. Cumprir a legislação é fundamental para garantir a segurança no trânsito e salvar vidas", reforçou o coordenador do GTO.