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Estudantes do tempo integral observam metamorfose das borboletas

Publicada em 24/03/2023, às 12h30 | Atualizada em 24/03/2023, às 12h40

Por Luis Oliveira (luffoliveiraeira$4h064+pref.seme.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


  • Educação de qualidade

Foto Divulgação
Estudantes do tempo integral observam metamorfose das borboletas
Estudantes observam metamorfose das borboletas. (ampliar)

Despertar nos estudantes o interesse pela preservação da natureza e a importância dos seres vivos para o meio ambiente, por meio da observação e investigação científica. Essa é a proposta do projeto "Metamorfose da Borboleta", desenvolvido com 48 estudantes das turmas do 2º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental em Tempo Integral (Emef TI) Professora Eunice Pereira Silveira, que fica em Tabuazeiro.

O projeto começou a partir de algumas aulas realizadas pela professora Dayse Perini e pelo professor Odilton Neto, no entorno da escola, ainda no início do mês de fevereiro. Fora da sala de aula, os educadores perceberam que os próprios estudantes demonstraram interesse pelo assunto, uma vez que começaram a observar espontaneamente a presença de diversas borboletas e lagartas nas plantas do local.

Durante esse tempo, as turmas observaram atentamente os seres vivos, indagando e levantando hipóteses a partir dos questionamentos levantados pela professora. A cada mudança no ciclo de vida das borboletas, elas observavam as características principais, conversavam sobre o que havia ocorrido e registravam no caderno, em formulário próprio desenvolvido para o projeto.

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Estudantes do tempo integral observam metamorfose das borboletas
Estudantes observam metamorfose das borboletas. (ampliar)

"Ao perceberem lagartas no pátio da escola e borboletas voando por perto, se interessaram em saber o porquê e com isso foi trabalhado a metamorfose, acompanhando o ciclo de vida, característica, hábitos alimentares, habitat e sua relação com a natureza e os seres humanos, ressaltando que o tema 'seres vivos' faz parte do conteúdo trabalhado na disciplina de Ciências", explicou a professora.

Além disso, foram realizadas leituras e pesquisas sobre as características das borboletas e dos demais insetos, construindo conhecimentos sobre as características dos animais invertebrados, sendo temas já previstos para desenvolvimento na disciplina nos primeiros meses do ano letivo. As lagartas estavam distribuídas em potes, de forma que eles pudessem perceber as transformações com o passar dos dias.

"Ao final, quando as borboletas começaram a sair do casulo, realizamos momentos de soltura, que foram de muita alegria e animação para as crianças, felizes por terem acompanhado todo o processo", completou a professora Dayse.

Aprendizado na prática

Os estudantes ficaram encantados com a experiência, e agora levam consigo o espírito científico, após vivenciarem o processo de observação, pesquisa, curiosidade e descoberta.

"Eu gostei muito, e aprendi que as borboletas têm uma espirotromba que parece uma tromba de elefante. Também aprendi que elas sentem o cheiro pelas antenas delas e a metamorfose acontece dentro do casulo, foi muito legal ver as lagartas virarem borboletas", afirmou o estudante Theo Galon, do 2º ano A.

"Eu achei muito legal ver de perto a metamorfose da borboleta. Eu nunca tinha visto isso de perto. Eu aprendi muitas coisas. Aprendi que as borboletas botam ovos que viram lagartas que comem muita couve e crescem muito. Depois elas viram casulo e depois viram borboletas. Foi muito legal colocar nome nas borboletas e soltar elas, mas eu queria que elas ficassem com a gente", ressaltou a estudante Helena Sousa, do 2° ano B.

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Estudantes do tempo integral observam metamorfose das borboletas
Estudantes observam metamorfose das borboletas. (ampliar)

Participação efetiva

Para os professores que conduziram as atividades do projeto, fica a satisfação pelas turmas terem participado ativamente, sendo protagonistas da produção de conhecimento.

"Proporcionar este aprendizado de observação possibilitou a participação efetiva de todos os estudantes com hipóteses por eles levantadas e vivências que possibilitam a ampliação de conhecimentos que com certeza eles não esquecerão. Aprender que para tudo tem um tempo, que todo dia acontece uma transformação (metamorfose) até que criem asas e voem. O momento de soltá-las é mágico para as crianças, porque são livres para iniciarem um novo ciclo de vida", disse a professora Dayse Perini.

"O projeto foi muito importante para as crianças, pois entendemos que as vivências na prática contribuem para ampliar o conhecimento sobre o assunto, incluindo todos os estudantes, pois aqueles que ainda estão no processo para se tornar leitores também foram protagonistas, algo que talvez não seria totalmente possível se o conhecimento fosse construído somente a partir de textos lidos, ainda que os professores os lessem para eles", ressaltou o professor Odilton Neto


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