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Convento São Francisco: fiação é retirada para valorização da edificação

Publicada em 15/05/2015, às 15h20 | Atualizada em 15/05/2015, às 15h25

Por Danielly Campos, com edição de Matheus Thebaldi


Diego Alves
CONVENTO SÃO FRANCISCO (CONCLUSÃO DA RETIRADA DA FIAÇÃO
Fiação que "poluía" a fachada do Convento São Francisco foi retirada
Diego Alves
CONVENTO SÃO FRANCISCO (CONCLUSÃO DA RETIRADA DA FIAÇÃO
Retirada da fiação tem o objetivo de valorizar a história e a beleza da edificação

A fachada do Convento São Francisco, na Cidade Alta, está ainda mais bonita. Os fios de energia e telecomunicações em dois postes que poluíam a visão do imóvel foram retirados. Agora, turistas e moradores podem contemplar a beleza da arquitetura da edificação, tombada pelo Conselho Estadual de Cultura em 1984.

A retirada dos fios foi concluída nesta sexta-feira (15). Esse é o segundo imóvel histórico a ter a fiação remanejada para outros locais a fim de não comprometer sua visibilidade. O primeiro imóvel a passar por esse processo foi a Casa Porto das Artes Plásticas, também no Centro de Vitória. Foram gastos R$ 32 mil para o remanejamento e enterramento de fios. A obra foi concluída em fevereiro deste ano.

"A retirada dessa fiação valoriza esse imóvel belíssimo de nossa Cidade Alta, além de incentivar ainda mais o turismo no Centro", ressaltou a secretária de Desenvolvimento da Cidade, Lenise Loureiro.

História

O Convento São Francisco começou a ser construído no final do século XVI pelos padres franciscanos Antônio dos Mártires e Antônio das Chagas, a pedido do 2º Donatário da Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho Filho.

Era composto de igreja dedicada a São Francisco, mosteiro/claustro e a Capela da Ordem Terceira da Penitência. A esse conjunto foi posteriormente acrescentado um cruzeiro no início da ladeira de acesso (1744) e finalmente um cemitério “provisório”, que funcionou de 1856 a 1908.

O convento passou por reformas, sendo as principais realizadas em 1744 e 1784, quando a fachada da igreja conventual, em estilo jesuítico de linhas retas, foi alterada, recebendo adornos e volutas, típicos do estilo colonial barroco. Ele era ponto de encontro e de evangelização, abrigando diversas irmandades, dentre elas a Irmandade de São Benedito.

Ele funcionou como escola e enfermaria e deu lugar ao Orfanato Cristo Rei, que funcionou até 1960. A partir daí, teve diversos usos, como Residência Episcopal (1960 a 1985); Rádio Capixaba (1963 a 1973); Colégio Agostiniano (1970 a 1976) e Residência das Irmãs Carmelitas (1981 a 1985). Atualmente abriga a Cúria Metropolitana e diversas entidades ligadas à Igreja Católica.

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