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Casa Lar: assistidos têm passeio especial no Sítio Gava, em Viana
Publicada em
Por Paula M. Bourguignon, com edição de Matheus Thebaldi


Pessoas em situação de rua com transtornos mentais ou mobilidade reduzida atendidas pelas Casas Lares I e II tiveram uma manhã diferente nesta segunda-feira (8). Elas foram passear no Sítio Gava, em Viana, onde curtiram momentos de socialização e promoção de bem-estar físico e mental.
Além de contemplar uma bela paisagem, os assistidos - com idades entre 22 e 73 anos - tiveram direito a banho de piscina natural e almoço, na companhia de psicólogos, cuidador social, técnicos em enfermagem e outros profissionais da Assistência Social.
Eles ainda foram recebidos com música. Luiz Antônio Manenti, 80 anos, tocou pandeiro para os usuários. "Sinto-me muito bem em receber essas pessoas. A música representa tudo em minha vida".
Ar livre
Aos 74 anos, Carlos Roberto de Oliveira tem esquizofrenia e disse que lugares ao ar livre fazem bem a ele: "Achei este lugar muito bonito. Gosto muito de música e de lugares ao ar livre. Me sinto em paz aqui".
Maria Adriana Rodrigues, 56, também diagnosticada com esquizofrenia, aprovou o passeio: "Eu gosto muito de passear. Renova as energias e deixa todos nós muito animados".
Maria Correa, 45, não saiu da piscina natural e não escondeu a felicidade: "Fico feliz em estar na piscina. Depois vou almoçar e comer churrasco".


Socialização
Psicóloga da Casa Lar I, em Ilha de Santa Maria, Yanë Silva Passinato destacou que a atividade promove alegria aos assistidos: "É muito importante para a socialização entre eles com o ambiente externo. Eles saem daqui mais renovados e alegres e ficam comentando sobre isso ao longo da semana. Faz bem tanto para o lado físico como para o mental".
"Quem está aqui tem transtorno metal e histórico de pessoa em situação de rua, por isso não gosta de ficar confinado. Buscamos proporcionar passeios ao ar livre. Isso é muito positivo para eles", disse a psicóloga da Casa Lar II, em Jardim Camburi, Graça Andrade.
Dignidade humana
"Queremos oferecer dignidade humana, de forma a fazer cumprir os direitos de cidadania e permitir que nossos usuários estejam inseridos em todos os espaços e ambientes públicos. O fato de eles terem transtornos mentais não significa que eles têm que ficar confinados e não terem direito de participar da cidade e se sentirem pertencentes ao meio em que convivem", explicou a coordenadora das Casas Lares, Adnéia Silva Santos.
Casa Lar
Casa Lar IAvenida Paulino Muller, 403, Ilha de Santa Maria
Telefone: (27) 3222-5921. Casa Lar II
Rua Julia Lacourt Penna, 866, Jardim Camburi
Telefone: (27) 3317-4632.

