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Violência sexual infantil: atenção aos sinais e onde buscar ajuda na capital
Publicada em 23/05/2021, às 08h00 | Atualizada em 23/05/2021, às 16h39
Por SEGOV/SUB-COM (secomeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi
No Brasil, a cada 20 minutos, uma criança ou um adolescente é vítima de exploração ou violência sexual. O abusador, muitas vezes, está mais perto do que se imagina.
Fique atento aos principais sinais de abuso sexual infantojuvenil:
Medo: preste atenção se a criança ou o adolescente tem receio de se aproximar de uma determinada pessoa, participar de atividades sociais ou se rejeita alguém. Também é importante observar se os pequenos apresentam medo generalizado, sem justificativa aparente;
Isolamento social: a criança ou o adolescente não interage, se isola e não conversa;
Distúrbios alimentares;
Regressão: a criança ou o adolescente apresenta comportamento infantil, como voltar a fazer xixi na cama, chupar o dedo ou querer usar fraldas novamente;
Vergonha: sentimento de vergonha e/ou constrangimento. Sentir-se sujo e culpado também são sinais de que algo que não vai bem;
Depressão;
Medo do escuro ou de ambientes fechados;
Baixo nível de autoestima e preocupação exagerada em agradar os outros.
Também há manifestação física de sintomas, como:
Problemas de saúde sem aparente causa clínica, conhecidas como doenças psicossomáticas (dores de cabeça, erupções na pele, vômitos e outras dificuldades digestivas cuja motivação é, na realidade, psicológica e emocional;
Infecções sexualmente transmissíveis (coceira nas genitálias, infecções urinárias, secreções, odor vaginal e cólicas intestinais);
Dificuldade de engolir devido à inflamação causada por gonorréia na garganta ou reflexo de engasgo hiperativo e vômitos (por sexo oral);
Dor, inchaço, lesão ou sangramento nos órgãos genitais;
Ganho ou perda de peso;
Traumas físicos ou lesões corporais por uso de violência.
Preste atenção no comportamento da criança ou adolescente. Mas, principalmente, saiba ouvir!
O primeiro sinal que deve ser, de fato, levado em conta é a possível mudança no padrão de comportamento das crianças. Os pequenos, bem como os adolescentes vítimas de abuso sexual, sentem-se culpados, envergonhados e acuados (erroneamente) pelo que estão sofrendo e, assim, por diversas vezes, não revelam com palavras que estão sendo agredidos.
Em paralelo, há situações em que as vítimas tentam relatar o ocorrido, porém, não são ouvidas.
A falta de apoio emocional da família e de diálogo insere essa criança em uma situação de maior vulnerabilidade.
Confie na palavra da criança e do adolescente que pede ajuda.
Onde buscar auxílio?
Vitória conta com uma série de serviços voltados para o atendimento de vítimas de violência sexual. Nas unidades de saúde, nas escolas ou nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), há profissionais preparados para auxiliar a família no enfrentamento do problema.
Centro de Referência Especializado da Assistência Social/Região Centro
Endereço: rua Aristides Freire, 36, Centro
Telefone: 3132-8065
Centro de Referência Especializado da Assistência Social/Região Bento Ferreira
Endereço: Av Carlos Moreira Lima, 451, Bento Ferreira
Telefone: 3132-1719
Centro de Referência Especializado da Assistência Social/Região Maruípe
Endereço: Rua Dom Pedro I, 43, Maruípe
Telefone: 3233-3420
Serviço de Atenção às Pessoas em Situação de Violência (SASVV)
Endereço: rodovia Serafim Derenzi, 4.570, atrás do Pronto-Atendimento de São Pedro.
Telefones: 3323-3777 e 3332-3290
Como denunciar?
Disque 100
Este é um serviço de proteção de crianças e adolescentes com foco em violência sexual, vinculado ao Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, da Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República).
Um canal que funciona 24 horas por dia, incluindo finais de semana e feriados. As ligações são gratuitas e podem ser feitas de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel. As denúncias podem ser anônimas, e o sigilo das informações é garantido, quando solicitado.
Fala Vitória
Pelo número de telefone 156, de segunda a domingo, inclusive feriados, das 8 horas até meia-noite, é possível abrir um chamado. As demandas são redirecionadas ao Conselho Tutelar e aos Centros de Referência Especializados da Assistência Social.
Conselhos Tutelares (telefones de plantão, 24 horas por dia, incluindo finais de semana e feriados)
- Região Centro: 98818-4435 e 98875-1705;
- Região Continental: 99941-8202 e 99766-6236;
- Região Maruípe: 98818-4511 e 98818-4524.
Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA)
Endereço: Rua Lisandro Nicoletti, em Jucutuquara
Telefone: (027) 3132 1916 / (27) 3132 1917
E-mail: dpca@pc.es.gov.br
Atendimento: segunda a sexta, das 8 às 18 horas
Crianças e adolescentes vítimas de violência sexual carregam sequelas dos abusos, físicas e emocionais, por toda a vida, que podem, inclusive, levar a morte.
Não se cale! Denuncie!
Busque ajuda junto a rede de proteção social para crianças e adolescentes.