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Prédio antigo do Colégio Americano será preservado pela PMV

Publicada em 20/08/2018, às 21h22

Por Marcus Monteiro (mmonteiroeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de SEGOV/SUB-COM


Samira Gasparini
Inauguração do Cmei Ernestina Pessoa
Prédio tombado pelo patrimônio histórico continuará abrigando Emef Ernestina Pessoa

A Prefeitura de Vitória vai preservar o importante e histórico prédio do antigo Colégio Americano Batista mesmo com as intervenções necessárias para a construção da nova Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) São Vicente de Paulo, que será erguida no complexo de edifícios Loren Reno, situado no Parque Moscoso. A preservação do patrimônio histórico, aliada à oferta de educação de qualidade, são uma das principais diretrizes da atual gestão.

Nesta segunda-feira (20), foi publicado no Diário Oficial do Município o edital de licitação para a demolição de prédios em desuso e condenados pela Defesa Civil de Vitória. O local é composto pelos edifícios: Alberto Stange, A. J. Terry, Alice Reno, a quadra esportiva e apoio/vestiários e duas casas, localizados na rua Loren Reno, 17. As demolições serão realizadas em 90 dias – após licitação e ordem de serviço - com investimento de R$ 1,2 milhão.

Após a retirada dos edifícios, da quadra e das casas será elaborado o projeto de contenção das encostas. Com o terreno limpo e a contenção projetada será elaborado, então, o projeto executivo do edifício que abrigará a EMEF São Vicente de Paulo, que, aliás, está completando 100 anos de existência.

Ernestina Pessoa

O prédio principal do complexo - tombado pelo patrimônio histórico e antiga sede do colégio Americano Batista – continuará abrigando o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Ernestina Pessoa, que atende 221 alunos nos turnos da manhã e tarde. Em 2006, ele foi adquirido pelo município e restaurado.

“Atrás do prédio tombado pelo patrimônio histórico teremos uma área livre após as demolições e a contenção da encosta. Somente com a definição da área remanescente é que faremos o projeto da EMEF São Vicente de Paulo”, explicou o vice-prefeito e secretário de Obras e Habitação, Sérgio Sá.

"O local será utilizado para a construção da EMEF São Vicente de Paulo, uma escola que acaba de completar 100 anos de existência e que está, atualmente, funcionando num prédio alugado. Vale ressaltar que a EMEF São Vicente é muito bem avaliada pelas famílias dos alunos", informou a secretária de Educação, Adriana Sperandio.

História

A história do prédio tem origem na vida de seu idealizador, o missionário da Igreja Batista Loren Marion Reno, natural de New Castle, no Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Ele era bacharel em pedagogia, ciências e teologia e organizou a missão Batista em todo o Estado do Espírito Santo. Em 1902, Loren Reno casou com Alice May Wymer e, dois anos depois, o casal missionário da Igreja Batista chega ao Brasil.

Em 1907, Loren Reno organiza, então, na sua residência localizada na avenida Schimit, 70 (hoje avenida Governador Florentino Avidos), o Colégio Batista na cidade de Vitória, para atender os filhos de missionários e evangélicos da época.

Em 1919, com o crescimento do colégio, Loren Reno adquire uma grande chácara às encostas do Morro do Moscoso.

Em 7 de setembro de 1934, ele realiza seu sonho inaugurando o colégio na "Chácara do Moscoso" (hoje Rua Loren Reno) com quatro prédios: um para a residência da família missionária Reno, um para internato masculino, outro feminino e um para as aulas e administração. No final de 2006, a Prefeitura de Vitória comprou o prédio que foi restaurado e entregue em 2011.

São Vicente de Paulo

O Ginásio São Vicente de Paulo foi fundado em 1913 pelos irmãos Aristóbulo, Kosciuszko e Miguel Barbosa Leão. A Escola São Vicente de Paulo foi a primeira escola particular instalada na capital.

Em 26 de julho de 1971, todo acervo do estabelecimento de ensino, correspondência e objetos pessoais foram doados pelo professor Aristóbulo Barbosa Leão à Prefeitura de Vitória, tornando-se Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) São Vicente de Paulo.

A escola ocupou por 93 anos a casa do governador Muniz Freire e foi transferida para o antigo Colégio do Carmo, onde se encontra até a presente data, atendendo 560 alunos nos turnos da manhã e tarde.


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