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Imóvel histórico de 1946 na Praia do Canto vai ser restaurado

Publicada em 17/06/2015, às 10h30 | Atualizada em 17/06/2015, às 16h45

Por Danielly Campos, com edição de SEGOV/SUB-COM

Com a colaboração de Mallena Arpini


Douglas Schneider
Fachada do Restaurante Paladium
Imóvel tem estilo neocolonial e foi construído em 1946 na rua Desembargador Sampaio
Douglas Schneider
Fachada do Restaurante Paladium
Município trabalha no tombamento de imóveis importantes para a história da cidade para preservar a memória de Vitória

Uma casa singular na Praia do Canto, cuja arquitetura faz referência às missões espanholas, está sendo restaurada. O imóvel, de estilo neocolonial, construído em 1946 na rua Desembargador Sampaio, é considerado pelo município como de interesse de preservação histórica, devido à arquitetura e à historicidade.

Ele é de propriedade da família Santos. A arquiteta Luciana Aguirre, membro da família, conta que sua avó, Adelha Santos, recebia muitas pessoas interessadas em conhecer a história e a arquitetura da construção. "Em todos os dias 7 de setembro, meu avô, Guilherme Santos, astiava a bandeira do Brasil no quintal e toda a família cantava o Hino Nacional", relembrou Luciana.

O trabalho será arcado pelos proprietários da casa. Para ela, a restauração do imóvel traz de volta não só o estilo e a arquitetura original, mas também memórias e histórias que viveram em família. "A casa era o ponto de encontro onde passávamos Natal juntos. Até o Papai Noel descia pela chaminé", conta.

Tombamento

"O município trabalha no tombamento de imóveis importantes para a história da cidade para preservar a memória de Vitória. O restauro dessas edificações vai embelezar ainda mais a região", afirmou a secretária de Desenvolvimento da Cidade, Lenise Loureiro.

O restauro está sendo monitorado pelo município. Durante alguns anos, funcionou no imóvel um restaurante. Após as reformas, ele voltará a ser alugado para fins comerciais.

A arquitetura de estilo neocolonial era uma característica dos "novos bairros", que apresentavam um “novo urbanismo”, a partir da década de 1920. Além disso, o imóvel é um dos remanescentes legítimos da ocupação do primeiro Plano Diretor Urbano (PDU) da capital, chamado na época de Novo Arrabalde.

No projeto original do imóvel, havia dois pavimentos e aproximadamente 350m² de área construída. No térreo, era possível encontrar salas, um hall, uma extensa varanda e a escada que leva ao segundo pavimento, onde há outro hall, um banheiro e quatro quartos.


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