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Folha de papel ganha forma, vira origami e compõe exposição fotográfica em Cmei
Publicada em 14/12/2021, às 16h00
Por Brunella França, com edição de Andreza Lopes
Uma folha de papel nunca é uma folha qualquer. Um dia, ela foi a semente de uma planta que germinou, cresceu e se transformou em árvore. E só depois desse ciclo é que o ser humano transforma a árvore em folhas de papel. Por isso, no Japão, onde a técnica de dobraduras chamada origami ganhou fama e se popularizou, os primeiros mestres dessa arte honravam os espíritos das árvores que davam vida ao papel e produziam, especialmente, dobraduras ligadas à Natureza.
No Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Dr. Denizart Santos, que fica na Ilha do Príncipe, mãos muito menos experientes e precisas, com a coordenação motora ainda em desenvolvimento, realizaram os trabalhos que deram origem à exposição “Varal fotográfico: Origamis”.
Orientadas pelas professoras Sara Lima e Sheila de Paula, as crianças descobriram que, além do giz de cera e do lápis de cor, o próprio papel pode ganhar forma de peixes, borboletas, coelhos, catavento, aviões e barcos.
“Pensamos nas crianças dessa faixa etária de 5 e 6 anos e num retorno presencial de forma híbrida em um contexto de pandemia, por isso, propusemos uma arte lúdica e terapêutica, para que trouxesse leveza a esse momento de crise mundial. A essência da proposta era fazer o papel se transformar em arte e trazer essa ludicidade para a realidade das crianças com a montagem de cenário, figurino e por fim o registro fotográfico dessa interação com o objeto criativo o origami”, contou a professora de Arte, Sheila de Paula.
Também estiveram envolvidas no projeto a pedagoga Elzimar Chaves, as professoras Alzinéia Firmino e Elizabeth Rampinelli e, como apoio, Swelem Manola, Jéssia Alves e Lilian Costa.
Aprendendo a dobrar o papel
O projeto nasceu do desejo de se eternizar a interação das crianças matriculadas nos grupos 6 B e C, turno vespertino, do Cmei Denizart Santo, e o seu objeto artístico origami, que foi uma concretização de uma parceria entre arte e comunicação.
“A ideia era fazer essas crianças, a princípio, terem uma vivência com essa temática sem a imposição de saber fazer fielmente esse trabalho de dobradura. Apenas uma experiência para que depois houvesse essa interação”, disse a professora.
Todas as dobraduras foram produzidas no coletivo, era preciso aprender a esperar o coleguinha comendo, a ter mais concentração, aprimorar o ato de contar, a persistir e finalizar o trabalho, melhorar a coordenação motora e muitos outros benefícios.
Varal fotográfico
A exposição dos trabalhos, resultado do que foi feito e desenvolvido em sala de aula com as crianças, foi feita na unidade de ensino.
“A exposição é composta por 32 imagens fotográficas que retratam com espontaneidade e alegria a performance dessas crianças, o que nos deixa contentes, contemplando assim, a proposta do projeto de voltar-se para uma arte mais humana e interativa”, completou a professora Sheila.