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Festival encantar mostra talentos de crianças e adolescentes de centros de convivência da capital
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Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes

O primeiro Festival EnCANTAR, promovido pelo Centro de Convivência Sólon Borges, foi um show de talentos e inclusão. A quadra esportiva do bairro foi cenário para as apresentações que atraíram a atenção das famílias das crianças e adolescentes participantes de atividades na unidade e dos moradores da região.
A coordenadora do espaço, Tatiane Galvão, explicou que a ação tem como objetivo valorizar as expressões artísticas e culturais de crianças e adolescentes por meio da música, promovendo o protagonismo juvenil e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. O Festival reuniu também crianças e adolescentes dos Centros de Convivência Romão e Praia do Suá.
Para Aline Celga, de 35 anos, mãe de Hugo, de 7 anos, que participa há apenas seis meses das atividades, o Centro de Convivência é o melhor espaço onde seu filho poderia estar nas tardes livres. "Eu vejo a alegria das crianças e das funcionárias também. Me organizei a semana toda para estar aqui e prestigiar todas as crianças, porque momentos como esse são muito importantes", contou. Segundo ela, o filho ganhou um novo brilho desde quando começou a participar de atividades no local. "Ele está mais comprometido com as coisas dele. Não perde a hora para vir. Ele está mais falante e feliz", garantiu.

O amor de Aline pelo trabalho desenvolvido no Centro de Convivência Sólon Borges é antiga. É que os dois outros filhos mais velhos, também, passaram por lá. "O meu filho Wesley começou aqui pequeno (6 anos) e saiu daqui com 14 anos já para ingressar no "menor aprendiz" (refere-se a jovens com idade entre 14 e 18 anos que participam do Programa Jovem Aprendiz, uma iniciativa que visa a inserção profissional de adolescentes, combinando trabalho e estudo). E conseguiu com a orientação e encaminhamento daqui", falou, cheia de orgulho.
Kely Rosa Souza, mãe de Pedro (9), também, expressou seu orgulho de ver o filho expressar seu talento para tantas pessoas. Pedro é uma das crianças integrantes do coral do Centro de Convicência. O coral de Solon Borges e Praia do Sua são regidos pela educadora social Rafaella Nascimento Ribeiro.
Kely disse que deixar o filho no Centro de Convivência traz um alívio. "Se não estive aqui estaria em casa no celular, na rua ou teria que levar para o meu trabalho. Aqui, ele convive com outras crianças, interage, se diverte, em segurança, aprendendo coisas boas. Pretendo deixá-lo aqui até quando não puder mais", afirmou.

E nesse movimento de estímulo à convivência e ao fortalecimento dos vínculos, a equipe do espaço estendeu o convite às moradoras da Residência Inclusiva Feminina de Jardim Camburi, vinculada à Secretaria de Assistência Social (Semas) de Vitória. As residentes são pessoas que possuem transtornos mentais e múltiplas dependentes de assistência para as atividades de autocuidado da vida diária.
As residentes Rosilene e Sebastiana eram só alegria e muitos sorrisos. Essa foi a primeira vez que elas tiveram a oportunidade de participar de um festival de música no espaço. Batendo palmas e mexendo o corpo na cadeira, Rosilene disse: "estou gostando muito. Estou feliz". Mesmo sentimento expressado por Sebastiana, que fez questão de dizer: "gosto muito de música. Gosto de Diante do Trono (grupo musical brasileiro de música cristã contemporânea e congregacional). A música me acalma. Elas são animadas e estou feliz", afirmou.
A secretária de Assistência Social, Soraya Mannato, expressou orgulho quanto a atuação das equipes dos Centros de Convivência na garantia de acesso a direitos sociais e, principalmente, no trabalho de fortalecimento dos vínculos e inclusão.