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Carnaval 2025: Imperatriz do Forte leva cultura, história e arte de raízes africanas para a avenida

Publicada em 14/02/2025, às 08h00

Por André Pietralonga (apleocadioeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


Marcos Salles
Imperatriz do Forte

De volta ao grupo especial, a escola que conquistou o título de campeã do grupo de acesso em 2024, Imperatriz do Forte, levará para a avenida a cultura e a história do povo de Luanda. Com o enredo "Só quem sabe onde é Luanda, saberá lhe dar valor", a escola fala sobre a jornada pelas raízes africanas.

Com três carros alegóricos e um tripé, a Imperatriz do Forte irá desfilar com 1.200 componentes neste carnaval, que se dividirão em 20 alas. A escola promete fazer história na avenida, com muita cultura, alegria e samba no pé. 

Segundo Anclebio Junior, diretor artístico da Imperatriz, "as comunidades do Forte São João e do Romão, estão muito animadas com o carnaval de 2025, ensaiando o grande samba-enredo que a escola preparou para o desfile. A bateria está nos seus ensaios de rua todas as quartas-feiras." 

Toda a preparação está dando ânimo e aumentando as expectativas dos participantes. "Todos os segmentos também estão nos seus preparativos finais de ensaio, como a comissão de frente, mestre sala e porta-bandeira, ala de passistas, baianas, velha guarda. Enfim, estão todos muito animados para colocar um grande desfile da verde rosa na avenida do Sambão em 2025", finalizou Anclebio.

Fundada em 1972, a Imperatriz do Forte é uma escola do bairro Forte São João. O nome "Imperatriz" foi escolhido em homenagem à escola de samba carioca Imperatriz Leopoldinense, através de um sorteio entre os fundadores. Já o "Forte" do nome é uma referência ao bairro da escola.

Imperatriz do Forte

Enredo: "Só quem sabe onde é Luanda, saberá lhe dar valor"

Cores da Escola: Verde e Rosa

Ano de Fundação: 1972

Samba Enredo:

Sou eu, um guerreiro de Matamba
A força africana de Nzinga ancestral
Onde o invasor não tem mais voz
Meu povo feroz faz reza e ritual
Aprisionado ao som da chibata
Na força das gargantas embargadas
É Ginga, ê, é Ginga
Mulher que se faz fortaleza
Calunga de Angola resiste
No imenso mar pra curar a incerteza

Bota dendê pra benzer, pra colorir o saber
E entender o poder do catiço
Se quem atiça acende vela
Faz tambor numa panela
Na tristeza dá sumiço!

Eu vou dançar maracatu, caxambu e capoeira
Manifestar minha raiz a noite inteira
Identidade de Laurinda e outros mais
Luanda, teu espírito é santo
Afasta qualquer quebranto
É canto livre de amor e paz

O meu povo é batuqueiro
De Angola, mandingueiro
O Sol de Luanda me guia pro norte
E quem não enxerga cicatriz
Faz valer sua raiz
Canta Imperatriz do Forte!


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