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A Física por trás da pipa em oficina gratuita na Praça da Ciência neste domingo
Publicada em 31/03/2023, às 14h00 | Atualizada em 31/03/2023, às 14h22
Por Brunella França, com edição de Andreza Lopes
Brincadeira de criança? Também! Mas soltar pipa envolve muito conhecimento científico. Aliás, esse invento que nasceu na China, antes mesmo do papel, é considerado um tipo primitivo de asa, sabia? Subir uma pipa e mantê-la no ar tem tudo a ver com ciência!
Para descobrir tudo isso e ainda se divertir, neste domingo (02), às 10h, tem a oficina "Desafiando a gravidade" na Praça da Ciência. A atividade é gratuita, voltada especialmente para crianças entre 7 e 12 anos e não precisa fazer inscrição para participar.
O principal objetivo é ensinar o que é a força da gravidade por meio de uma atividade lúdica. Quem está à frente da oficina são os monitores Emanuel Peres de Aguiar, estudante de Física no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) - Campus Cariacica, e Cássio Lucas Dutra, estudante de Artes na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Eles explicaram que as crianças podem aprender através da pipa, o que é a gravidade, o que a pipa tem haver com a gravidade, por que ela voa e por que se mantém no alto. A atividade que parece coisa simples envolve os conceitos científicos de aerodinâmica, gravidade, energia cinética, força e direção.
A ciência da pipa
A pipa, segundo os registros históricos, foi uma das primeiras formas que a humanidade encontrou de desafiar a força da gravidade. O objeto que tantas vezes colore o céu foi criado na China, por volta de 1.200 a.C., e era utilizada como meio de comunicação militar pelos céus. A pipa foi uma precursora de muitas invenções que vieram muitos séculos depois: do avião às naves espaciais.
E onde entra a ciência para soltar pipa? Uma vez que ela está no ar, atuam sobre a pipa a força da gravidade, exercida pela Terra; a sustentação, força que age perpendicularmente em relação à direção do vento e que é responsável por fazer a pipa subir; o arrasto, que é a força na mesma direção do vento, levando a pipa para longe de quem a está empinando; e finalmente a tração, força na direção contrária ao arrasto.
As primeiras pipas eram feitas de seda e bambu, hoje, o mais comum é a utilização do papel. Mas, por mais leves que as pipas sejam, elas são mais pesadas do que o ar. Por isso, a sustentação promovida pelo atrito do ar com a superfície dela é o que faz com que a pipa "vença" a gravidade e se mantenha no ar,
O equilíbrio entre as quatro forças que atuam no ato de soltar pipa também dita o comportamento dela, uma vez que está no ar. Se não tiver vento, por exemplo, o ar não consegue gerar sustentação suficiente e a pipa não sobe ao céu. Já em cenário de vento forte e constante, se quem está soltando a pipa "der linha" momentaneamente, a sustentação e o arrasto vencem a tração e a gravidade, fazendo com que ela suba e vá mais longe.
Praça da Ciência
A Praça da Ciência é o primeiro Centro de Ciência, Educação e Cultura de Vitória (CCEC). O espaço contribui para que os grupos sociais dialoguem e reflitam sobre trabalhos da ciência em determinados tempos/espaços considerando os contextos históricos, políticos, econômicos e culturais dessas produções.
O espaço é aliado para o alcance dos objetivos dos diversos currículos, criando experiências que estimulam as crianças e estudantes no desenvolvimento de um pensamento sistêmico. Para enriquecer as mediações, a equipe realiza o programa "Planejamento Integrado" com as unidades de ensino que estabelece roteiros personalizados para os grupos.
Serviço
Oficina "Desafiando a gravidade"
Quando: 02 de abril, domingo, a partir das 10 horas
Público-alvo: crianças de 7 a 12 anos
Onde: Praça da Ciência. Avenida Américo Buaiz, s/n, Enseada do Suá (próximo à praia da Guarderia)
Mais informações: (27) 3345-0882 ou ccec_pc@edu.vitoria.es.gov.br
Entrada gratuita.