Notícias
Sala Maker: estudantes da Emef Eber Louzada apresentam trabalhos de inovação
Publicada em 03/12/2024, às 13h50 | Atualizada em 03/12/2024, às 13h54
Por José Carlos Schaeffer (jcschaeffereira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes
Um espaço acolhedor e com inúmeras ferramentas tecnológicas para os estudantes desenvolverem a criatividade, a autonomia e o pensamento crítico. Essa é a Sala Maker da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Eber Louzada Zippinotti, localizada no bairro Jardim da Penha. Nesta terça-feira (3), os estudantes da unidade de ensino mostraram o resultado do trabalho desenvolvido em uma apresentação que impressionou aos presentes.
Na sala, estudantes do 4º ao 9º ano têm acesso a uma série de equipamentos para aprimorar e desenvolver novas habilidades. Entre os aparelhos estão uma impressora 3D, máquina de corte a laser, kits de robótica, softwares para o desenvolvimento de jogos e aplicativos, entre outras ferramentas.
A apresentação contou com a presença do prefeito Lorenzo Pazolini e da secretária municipal de Educação Juliana Rohsner.
"O que temos feito aqui na Emef Éber e em toda a nossa rede de educação é aplicar essas tecnologias e trazer os conceitos de inovação e robótica que são importantes para a formação profissional, ética e para o futuro dos nossos jovens. Eu tenho certeza que essas crianças e adolescentes serão, em breve, profissionais que estarão no mercado de trabalho fazendo de Vitória e do Espírito Santo, uma cidade e um estado cada vez mais fortes", destacou o prefeito Lorenzo Pazolini.
"Vivemos um tempo em que os jovens já tem uma outra maneira de ver o mundo e encontrar soluções. A escola tem que estar conectada nesse tempo. A gente precisa ensinar que eles utilizem novas tecnologias não só consumindo o que já está posto, mas criando novas formas de pensar, e é isso que a nossa equipe está fazendo com excelência", pontuou a secretária Juliana Rohsner.
Sala Maker
O ambiente funciona como um "Laboratório Criativo", baseado na pedagogia Steam (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), que é uma abordagem de ensino ativo e multidisciplinar que integra as disciplinas citadas e a consciência ambiental.
Nesta abordagem, a interação entre as disciplinas é o ponto central, e por meio dela o aluno participa ativamente do aprendizado ao ser instigado a encontrar soluções. Na cultura maker, os estudantes colocam em prática o trabalho em equipe, o pensamento crítico, a sustentabilidade, o poder de criação e muitas outras ações.
A diretora da Emef Eber Louzada, Evania de Angeli, falou sobre o funcionamento da sala dentro da unidade e como os estudantes podem usufruir de toda a estrutura ofertada. "A nossa Sala Maker é aberta para estudantes do 4º, 5º e 6° anos. Já a parte específica da robótica, a gente deixa para os estudantes de 7º, 8º e 9° anos. A abordagem é multidisciplinar e os estudantes participam de forma ativa em todos os processos", explicou.
Criatividade
O ambiente proporciona o fomento da criatividade e a tomada de iniciativas por parte dos próprios estudantes, que contribuem com soluções para a sociedade. Uma delas é a Maquete Coral, um projeto de controle operacional de retenção e absorção local de óleo e outros resíduos superficiais que pode ser aplicados em plataformas e outras embarcações. Tudo isso desenvolvido com a estrutura oferecida pela Sala Maker.
Criado com a utilização de produtos recicláveis em conjunto com materiais desenvolvidos na impressora 3D e outras ferramentas, o projeto vai participar da First Lego League, uma competição de soluções utilizando a inovação e a tecnologia. A professora Ketney dos Santos, uma das coordenadoras de robótica da Sala Maker, falou sobre desenvolvimento e aprendizado dos estudantes.
"Éramos um embrião, hoje crescemos e estamos produzindo vários tipos de trabalho graças ao investimento realizado. Isso permite o desenvolvimento dos estudantes com o acesso à novas tecnologias, mas também o nosso desenvolvimento profissional", disse.
Aprendizado
Os estudantes colocam a mão na massa e participam de todo o processo. O aluno do 9⁰ ano, Wender Cintra, foi um dos idealizadores de outro projeto, a Corrida de Led. Uma plataforma de entretenimento produzida por meio de programação. "Fizemos uma corrida de led com o aprendizado da programação. Nós pesquisamos, corremos atrás para saber como funcionava, e conseguimos desenvolver esse projeto na prática", contou.
Além do aprendizado prático, a robótica sustentável em sala de aula oferece uma abordagem interdisciplinar que desenvolve habilidades como pensamento crítico, resolução de problemas e trabalho em equipe. Os estudantes são capacitados para se tornarem profissionais adaptáveis e inovadores, preparados para os desafios do mundo do trabalho e para contribuir de maneira significativa para uma sociedade impulsionada pela tecnologia e pelo pensamento criativo.
Pais de estudantes também acompanharam a apresentação na Emef Eber Louzada. Martiely Cintra, mãe de Wender e outros dois estudantes da unidade, falou sobre a importância do investimento no projeto para as crianças. "Esse trabalho traz um objetivo, uma expectativa e uma motivação de vida. Depois da robótica, o Wender teve o desejo de fazer técnico em mecânica e engenharia. Vontade que ele não tinha antes do contato da robótica. Esse é um trabalho importantíssimo para um futuro melhor nas nossas crianças", destacou.