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Trabalho infantil: oficina trata sobre o tema com adolescentes no Romão
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Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes
Que lugar de criança é na escola, em casa e em todo ambiente no qual possa se desenvolver com segurança e protegida, todo mundo sabe. Mas o que muitas pessoas ainda ignoram é que trabalho infantil prejudica as infâncias, como Emicida e Drika Moraes eternizaram na canção "Sementes". Por isso ele deve ser combatido.
Para fazer ecoar o combate ao trabalho infantil, o Centro de Convivência do Romão em parceria com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Centro promoveu uma oficina para conscientizar as crianças e adolescentes sobre essa forma de violação dos seus direitos.
A ação foi realizada na tarde desta terça-feira (5), no Centro de Convivência do Romão, voltada para crianças e adolescentes do Projovem (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Crianças de Adolescentes de 15-17 anos) que participaram de atividades naquela unidade.
Para o coordenador do Centro de Convivência, Igor Soares, é de extrema importância abordar o tema trabalho infantil para que as crianças e adolescentes reconheçam os riscos, a violação de direitos e, principalmente, para que elas possam, se necessário, buscar ajuda.
Ao final da oficina Maiara Ribeiro Alves, Wanessa Thomaz dos Santos e Kissyla Vitória Fernandes Miranda, todas de 10 anos, expressaram a tristeza de saber e ver outras crianças sendo obrigadas a trabalhar. "Sinto muita dó. A criança que trabalha vendendo balas nas ruas deve chegar em casa muito cansada. Não deve ter tempo para estudar", falou ela.
Ao ser questionada se ela poderia falar com os pais dessas crianças o que diria, Wanessa disse: "Ia dizer que criança não trabalha. Criança tem que brincar, estudar e dormir". Para Kissyla, toda criança deve ter direito de ficar em casa, brincar. Ter chance de comer bem e ter uma casa.
A pedagoga do Creas Centro, Lídia Valadares, disse que falar sobre tema com as crianças e adolescentes é fundamental para que elas tenham consciência. "Entre eles é naturalizado. Muitos falam da necessidade em ajudar em casa. Eles assumem o papel de adultos. Crianças e adolescentes devem contribuir com pequenas ações dentro de casa e não devem nem podem ficar responsáveis pela casa, pelas despesas", ressaltou ela.
Para Cintya Schulz, secretária de Assistência Social de Vitória, iniciativas como esta são fundamentais na prevenção de violências. "O trabalho infantil é grave violação de direito às crianças e adolescentes. Toda a sociedade precisa se unir e enfrentar este problema que afeta um contingente expressivo de crianças e adolescentes", enfatizou a secretária.