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Dengue: combate aos focos do mosquito são fundamentais para enfrentar a doença

Publicada em 18/04/2023, às 17h15 | Atualizada em 18/04/2023, às 17h21

Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


  • Saúde e bem-estar

Douglas Schneider
Equipe do Centro de Vigilância em saúde Ambiental fará vistoria nas maternidades de Vitóriapara combater possíveis criadouros de Aedes Aegypti

Os últimos dados apontam que o número de casos de dengue em Vitória e em diversas outras cidades do país, já superaram todo o ano de 2022, nos primeiros meses de 2023. De janeiro a março deste ano, Vitória registrou 8.885 casos da doença e, segundo o último Levantamento Rápido do Índice do Aedes aegypti (LIRAa), a maioria dos criadouros está relacionado a hábitos culturais das pessoas como o descarte irregular de lixo em terrenos baldios, o uso de pratinhos para plantas, ralos não usados mas abertos, caixas d'água parcialmente tampadas ou usadas para coleta de água de chuva e calhas.

A presença de tantos possíveis criadouros de mosquitos em residências mostra que muitos estão colocando em risco a saúde de famílias e comunidades.

"O mosquito Aedes aegypti deposita ovos em ambientes com pouca água e protegidos do sol e do vento. Se as pessoas mantiverem em suas casas e quintais objetos nessas condições, em algum momento elas serão incomodadas por esse inseto, ou pior, ficarão muito doentes. Quanto mais criadouros, mais mosquitos, que uma vez infectados com o vírus, infectarão mais pessoas, formando um ciclo vicioso.", explica o biólogo e referência técnica em controle de vetores de Vitória, André Capezutto.

Além de identificar água em qualquer recipiente para depositar ovos, as fêmeas do mosquito não colocam todos em um só lugar, garantindo assim, que ao menos uma porção de mosquitos sobreviva. Outro fato à favor dos insetos é a incrível resistência dos seus ovos, capazes de sobreviver por vários meses, mesmo sem água.

Interrompendo um ciclo de transmissão

André explica que o tempo médio para o inseto sair do ovo e se tornar um mosquito adulto, leva de oito a 12 dias. Por isso, a eliminação de criadouros precisa ser feita ao menos uma vez na semana. "Bastam 10 minutos por semana, mas a pessoa pode fazer disso um hábito diário. O fumacê tem eficácia apenas sobre os mosquitos já adultos, não impedindo que novos insetos apareçam após a aplicação do inseticida, já a eliminação de criadouros interrompe o ciclo de vida do inseto".

Para ajudar a população nessa tarefa, a Prefeitura disponibiliza um checklist para conferir semanalmente se sua residência está livre do mosquito.

Prevenção

A eliminação dos focos do Aedes aegypti é a maneira mais eficaz de prevenir o problema. Assim, a população pode utilizar um checklist para auxiliar na manutenção da limpeza dos locais que possam ser utilizados como criadouros para o mosquito.

Além do trabalho de rotina no combate ao mosquito, com visitas domiciliares e monitoramento de charcos, bueiros e áreas alagadas, os agentes de combate às endemias, também estão participando de mutirões em parceria com a Central de Serviços. Até o momento, 2.211 imóveis foram visitados e 807 depósitos tratados nos bairros Grande Vitória, Estrelinha, Inhanguetá, Universitário, Consolação, Gurigica, Itararé, São Benedito e Bairro da Penha.


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