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Crianças do Cmei Ocarlina Nunes Andrade aprendem sobre educação alimentar em contato com horta
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Por José Carlos Schaeffer (jcschaeffereira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes
O Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Ocarlina Nunes Andrade, em São Cristóvão, finalizou as atividades da 7ª edição da Jornada de Educação Alimentar e Nutricional (EAN). Uma iniciativa que fortalece o compromisso do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) com a promoção da alimentação adequada e saudável no ambiente escolar.
As ações foram articuladas pela Coordenação de Alimentação e Nutrição Escolar do Município de Vitória (Cane), com a atuação das nutricionistas Carina Pena, Camila Palmeira, Hanna Barbosa, Lizandra Schimidel e Ludmila Reis.
Realizada desde 2017, a Jornada integra o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e é coordenada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).A iniciativa tem como objetivo incentivar o debate e a prática de ações de educação alimentar e nutricional nas escolas, além de dar visibilidade às atividades já desenvolvidas em instituições de ensino de todo o país.
Atividades no Cmei
Em uma iniciativa que saiu da sala de aula e tocou a terra, o Cmei Ocarlina Nunes Andrade, se uniu à Jornada e a programação envolveu diferentes experiências de aprendizado. A proposta da ação foi a construção de uma horta na escola, que proporcionou uma articulação única entre teoria e prática. Durante as atividades, as crianças tiveram a oportunidade de explorar o mundo das plantas, entender a importância da alimentação saudável e trabalhar em grupo, desenvolvendo habilidades sociais e de cooperação.
Por meio do cultivo de uma horta, as crianças puderam observar de perto o ciclo de crescimento das plantas, promovendo uma conexão significativa com a natureza e a conscientização sobre a alimentação saudável. Tudo teve início na plantação dos feijões pela turma do Grupo 5A, onde as crianças plantaram, cuidaram e seguiram ampliando a plantação indo do feijão para salsinha, cebolinha, coentro, tomate, alface, brócolis e etc até a colheita. Foi um trabalho coletivo que envolveu todos os protagonistas: crianças, merendeiras, professores e os agricultores familiares.
"Tem sido uma vivência muito significativa acompanhar a turma neste processo de construção de conhecimento através das experiências na horta. Ver o rostinho das crianças ao se surpreenderem quando vêem o crescimento de cada alimento é encantador. Este projeto tem oportunizado às crianças a serem protagonistas no processo de aprendizagem", contou a pedagoga Larissa.
Reconhecendo a importância dos saberes tradicionais e das experiências dos agricultores locais, em uma das ações foi feito um convite direto aos agricultores familiares que fornecem gêneros para a alimentação escolar, fortalecendo o vínculo entre o campo e a escola. A participação deles contribuiu com orientações sobre o preparo do solo e as escolhas das espécies plantadas, compartilharam suas vivências com as crianças, despertando curiosidade e respeito pela origem dos alimentos.
Diariamente as crianças atuaram no cuidado das hortaliças, molhando, retirando os matinhos que cresciam nos canteiros, varriam, brincavam com terra, tocavam a água que saía da mangueira com as mãos.
FeijoadONA
A culminância da Jornada foi a FeijoadONA, prato especial servido às crianças do grupo 5 ao ar livre, debaixo das mangueiras do pátio, um ambiente que foi planejado e organizado com a equipe da (CANE) e acompanhada de arroz, laranja e salada dos alimentos retirados da horta. O nome FeijoadONA, foi carinhosamente dado em homenagem à sigla da unidade escolar.
A nutricionista Lizandra Schimidel ressaltou a importância da ação. "A FeijoadONA foi a culminância da Jornada de Educação Alimentar e Nutricional e, para nós da Cane, a experiência foi extremamente enriquecedora. Tivemos a oportunidade de unir cultura, saúde e afeto em um mesmo prato. Esse momento também reforçou a importância da participação dos pais, da equipe pedagógica, das merendeiras e da agricultura familiar, que são fundamentais nesse processo de educação alimentar e nutricional. Foi um verdadeiro trabalho coletivo, que fortalece a comunidade e inspira mudanças positivas no nosso dia a dia", afirmou.
Reconhecimento
As escolas que concluem a Jornada recebem o selo de conclusão e o Certificado de Menção Honrosa, concedido ao nutricionista, ao diretor, ao coordenador da Jornada e à instituição participante. Além disso, os 20 melhores relatos de experiências são selecionados para compor o livro de cada edição, fortalecendo e disseminando práticas de sucesso em todo o país.
