Nos dias 11 e 12 de novembro, a Escola de Ciência, Biologia e História (ECBH), em Vitória, receberá a atividade de Educação Patrimonial "Escavando o Passado com a Arqueologia", promovida pelo Instituto de Pesquisa Arqueológica e Etnográfica Adam Orssich (IPAE).
A iniciativa foi contemplada pelo Edital nº 005/2024, referente ao subsídio para manutenção de espaços, ambientes e iniciativas artístico-culturais de Vitória, da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB). O trabalho é realizado com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc), por meio do Fundo Municipal de Cultura (FunCultura).
A oficina é uma proposta inédita que une ciência, cultura e cidadania, com o objetivo de aproximar o público escolar da Arqueologia e valorizar o patrimônio cultural capixaba. As atividades serão realizadas em dois dias consecutivos, nos turnos matutino (8h às 11h) e vespertino (13h às 16h), e contam com inscrições gratuitas até o dia 10 de novembro, pelo telefone da ECBH: (27) 3332-1612.
Voltada prioritariamente para estudantes da rede pública municipal, a ação busca sensibilizar as novas gerações sobre a importância da preservação da memória e da identidade local. A programação inclui oficinas práticas de escavação simulada, apresentações interativas, rodas de conversa e atividades artísticas, conduzidas por arqueólogos e educadores do IPAE com experiência em projetos de educação patrimonial e pesquisa arqueológica no Espírito Santo.
De acordo com a diretora do IPAE e coordenadora do projeto, Dionne Azevedo, a iniciativa tem papel formativo fundamental: "O projeto Escavando o Passado com a Arqueologia reafirma o nosso compromisso com a difusão da ciência arqueológica e a valorização do patrimônio cultural capixaba".
"Acreditamos que a educação patrimonial é uma ferramenta essencial para despertar, desde cedo, o senso de pertencimento e a responsabilidade coletiva pela preservação da nossa história. Ao aproximar estudantes do universo da arqueologia, buscamos formar cidadãos mais conscientes e sensíveis à memória e identidade do território onde vivem", destaca Dionne.
A atividade prevê a participação de 60 a 80 estudantes por dia, em grupos reduzidos, para garantir maior interação e aproveitamento pedagógico. O público-alvo são crianças e adolescentes do Ensino Fundamental, que terão contato direto com a metodologia arqueológica, desde a escavação até o registro e interpretação dos achados, em um ambiente de aprendizado lúdico, participativo e inclusivo.
A proposta pedagógica é inspirada em experiências reconhecidas, como o programa "Arqueologia e Comunidades" (Fagundes, 2013), e nas diretrizes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para a Educação Patrimonial. O método combina teoria e prática, incentivando o diálogo, a experimentação e a construção coletiva do conhecimento sobre o patrimônio e sua preservação.
Com classificação indicativa livre, "Escavando o Passado com a Arqueologia" é uma oportunidade para que estudantes, professores e familiares mergulhem na história da região e compreendam a importância da preservação do patrimônio arqueológico da Baía de Vitória e do Espírito Santo.