Durante o dia, o ex-marido foi detido em flagrante por agredir a vítima
Foto Divulgação
Na noite anterior, foi a vez de um motociclista com mandando de prisão pela Lei Maria da Penha ser conduzido para a cadeia
Eram 6h30 deste sábado (16) quando um pedido de socorro chegou na base operacional da Guarda Civil Municipal de Vitória, em Jucutuquara.
"Estávamos prontos para iniciar a escala de patrulhamento quando a vítima chegou com lesões no pescoço e no braço, descrevendo desesperada a violência sofrida pelo ex-marido", contou Fabiana Souza, coordenadora do Grupamento de Apoio Operacional (Gaop) da Guarda de Vitória.
Após ouvir atentamente a descrição da vítima, a equipe repassou para os operadores da Central de Monitoramento as características do carro que o agressor usou para fugir e conseguiu localizá-lo.
"O veículo havia entrado em um supermercado, na Vila Rubim, onde o localizamos e levamos para a Delegacia", descreveu Fabiana.
Mandado de prisão
Este foi o segundo caso de prisão de agressor de mulher realizado pela Guarda de Vitória em menos de 12 horas. Na noite de sexta-feira (15), a Guarda de Vitória deteve um motociclista, de 45 anos, com mandado de prisão por ameaça e por descumprir medida protetiva prevista na Lei Maria da Penha.
O suspeito foi abordado pelo Grupamento de Motociclistas (GMT) na Avenida Fernando Ferrari, em Goiabeiras, sentido Serra, após ser flagrado pela Central de Monitoramento.
Após a checagem, foi confirmado que havia contra ele um mandado de prisão preventiva expedido pela 6ª Vara Criminal de Serra no dia 7 de agosto deste ano.
O homem foi encaminhado à Delegacia Regional de Vitória e a moto foi entregue a um familiar.
A comandante da Guarda de Vitória, Dayse Barbosa, destacou que o enfrentamento à violência contra mulher é constante dentro da coorporação. "Além do patrulhamento rotineiro, temos o Botão Maria da Penha, que é entregue a vítimas de violência aqui da capital, ferramenta que permite que a mulher seja atingida imediatamente pelas nossas equipes. O dispositivo dá maior segurança para a vítima poder continuar a sua rotina sabendo que tem uma ligação direta com a Guarda de Vitória", pontuou.
A capital não teve nenhum registro de feminicídio este ano e apresentou 67% de queda em 2024. Dayse Barbosa lembrou, ainda, que todo o efetivo da Guarda de Vitória é preparado para lidar com situações de violência contra mulher. "Todos os guardas municipais passam por curso anual com instruções práticas e teóricas. Uma das disciplinas é o combate à violência contra mulher e como devem ser atendidas esse tipo de ocorrência que demanda atenção e cuidado ainda maior com a vítima", completou.