Prefeitura de Vitória

Vitória vem investindo na melhoria das ações de controle de tuberculose, visando, principalmente as pessoas mais vulneráveis como as que vivem em situação de rua, com HIV ou que fazem uso de drogas ilícitas. Por isso, além das unidades básicas de saúde, espaços de saúde especializada como Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e outras Drogas (Caps AD), o Consultório na Rua e o Centro de Referência IST/AIDS também realizam testes e, esse último, também oferece tratamento.

Nesta segunda (4) e terça-feira (5), as Secretarias de Assistência Social (Semas) e de Saúde (Semus) da capital participam do "Seminário Intersetorial do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no Tratamento da Tuberculose", promovido pelo Observatório de Tuberculose do Espírito Santo, o "Observa TB". O objetivo do evento é fortalecer e divulgar as principais ações desenvolvidas no Estado para reduzir e eliminar a tuberculose considerando também as condições sociais dos pacientes. 

"Mesmo com estrutura adequada e essas estratégias, temos ainda muitos desafios em relação ao diagnóstico oportuno e tratamento da doença, especialmente em alguns grupos mais vulneráveis. Precisamos somar forças no cuidado ao paciente e às famílias para reduzir a trasmissão e efetivamente eliminar essa doença", afirmou a secretária de Saúde de Vitória, Magda Lamborghini.

A secretária de Assistência Social, Cyntia Shulz destacou o quanto as políticas públicas da assistência e da saúde caminham juntas."Falar de intersetorialidade é complexo, mas também é necessário. O público do Suas também é público do SUS. E em Vitória, estamos construindo unidades de saúde no mesmo terreno que centros de referência e assistência social (CRAS), facilitando a vida das pessoas, melhorando o acesso a serviços. Por isso, ao falar de intersetorialidade eu sempre fico muito empolgada com as possibilidades de atuação que o Suas e o Sus têm juntos", declarou.

Além de diversas autoridades estaduais e municipais, o evento também contou com a participação da Consultora Técnica do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde, Fernanda Dockhorn, que elogiou a iniciativa. "O ES sempre foi um exemplo de intersetorialidade entre o SUS e o SUAS, uma vez que em muitas doenças, como a tuberculose, é preciso, além de tratar a doença, atuar também nas vulnerabilidades sociais, trabalhando em conjunto para melhorar a saúde de toda a população", disse.

Tratamento

Em Vitória, todas as 29 unidades básicas de saúde (UBS) possuem insumos para realizar o diagnóstico e o exame fica pronto em até 24 horas, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. O tratamento é gratuito, leva cerca de seis meses e é feito na UBS de Itararé.

A capital aderiu e oferta as novas tecnologias que o Ministério da Saúde incorporou ao SUS, como o teste IGRA, para a investigação da infecção latente em pessoas sem sintoma da doença, e o teste rápido LF-LAM, para investigação da tuberculose em pacientes com sintomas e que vivem com HIV.