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Vitória 474 anos: uma cidade de encantos e paisagens inesquecíveis
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Por Bárbara Bueno Sá (barbara.saeira$4h064+pref.cdtiv.com.br), com edição de Andreza Lopes
A capital capixaba chega aos 474 anos exibindo suas belezas com a mesma naturalidade de quem acorda todos os dias diante do mar. É uma cidade que sabe misturar tradição e modernidade, natureza e história, festa e fé, tudo no compasso leve de quem vive cercado por ilhas e abraçado pelo azul do Atlântico.
Entre tantas formas de se aproximar de Vitória, talvez a melhor seja deixar-se guiar pelo mar. Ele é cenário, companhia e ponto de partida. E é justamente na orla que a cidade se apresenta em grande estilo: a Praia de Camburi, com seus 6 km de extensão, é não apenas a mais famosa, mas também uma das melhores do país para velejar, praticar windsurf, kitesurf ou remar em canoa havaiana. Para quem prefere a contemplação ao movimento, basta caminhar pelo calçadão, sentir a brisa no rosto e deixar que o ritmo sereno da cidade conduza cada passo.
Um pouco mais adiante, está a charmosa Curva da Jurema. Suas águas calmas convidam para esportes náuticos, corridas na faixa de areia ou simplesmente para aproveitar a paisagem em um dos quiosques à beira-mar, onde petiscos da culinária capixaba fazem a experiência ficar ainda mais saborosa. O visual não decepciona, é daqueles lugares que você guarda na memória.
De Camburi à Jurema, é impossível não se encantar com a riqueza natural que se espalha em outro cartão-postal: o manguezal de Vitória. São cerca de 11 km que fazem dele um dos maiores manguezais urbanos do mundo. Entre caranguejos, garças e águas que se entrelaçam com a cidade, você percebe que aqui o verde também conta histórias.
Histórias como a das Paneleiras de Goiabeiras, mulheres que moldam o barro com as mãos e mantêm vivo um ofício reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. A cada panela feita, é como se um pedaço da identidade capixaba fosse preservado.
Vitória é também destino de quem olha para o mar em busca de encontros inesquecíveis. Entre os meses de julho e outubro, até as baleias-jubarte vêm dar um "pulinho" por aqui. Elas saem das águas geladas da Antártida para se reproduzir no nosso litoral, transformando a capital em palco privilegiado para o turismo de observação. É um espetáculo da natureza que emociona e conecta ainda mais a cidade ao oceano.
Mas Vitória também tem espaços para respirar, contemplar e brincar. No Parque Pedra da Cebola, além dos jardins e lagos, uma enorme pedra chama atenção: dizem que, antigamente, quando alguém a golpeava, o impacto produzia sons semelhantes a um sino. É esse tipo de detalhe que dá à cidade um tempero especial.
O Centro guarda sua parte da memória. O Mercado da Capixaba, inaugurado em 1926, já foi palco de encontros, sabores e boas histórias, e agora, após sua revitalização, volta a pulsar como ponto de convivência. Não muito longe, a charmosa Fafi, antiga Faculdade de Filosofia, hoje abriga a Escola de Teatro, Dança e Música, sempre repleta de movimento e arte. E erguendo-se imponente, a Catedral Metropolitana impressiona com sua arquitetura neogótica e a aura de um dos monumentos mais visitados do Espírito Santo.
Se for passear sem pressa, guarde um momento para o Parque Moscoso, o mais antigo da cidade, que resiste desde 1912 como refúgio verde no coração urbano. Ou para o Sambão do Povo que traduz a alma festiva da cidade, nascido da força popular e hoje palco do Carnaval capixaba.

E para provar os sabores de Vitória, não há destino melhor que a Ilha das Caieiras, berço das desfiadeiras de siri e reduto da culinária típica capixaba. Sente-se à beira do cais, peça uma moqueca fumegante e deixe que o paladar conte a história do lugar. Ao final do dia, prepare-se para assistir ao pôr do sol mais bonito do Brasil, na nova orla de São Pedro, onde céu e mar se encontram em um espetáculo de cores que fica para sempre na memória.
Outro cenário que encanta é o Jesus de Nazareth. O bairro, erguido sobre o alto do morro, guarda uma das vistas mais completas e deslumbrantes de Vitória. Seus bares acolhedores, o artesanato, a arte espalhada nos muros e a pesca que dialoga com a culinária local. Um passeio que mistura identidade, resistência e afeto, revelando uma Vitória ainda mais autêntica, dessas que fazem qualquer visitante se apaixonar à primeira vista.
Um lugar que guarda uma das vistas mais lindas da cidade é o bairro Jesus de Nazareth. No alto do morro, o projeto Tour no Morro apresenta aos visitantes o berço da comunidade, seus bares acolhedores, o artesanato, a arte espalhada nos muros e a pesca que dialoga com a culinária local. Um passeio que mistura identidade, resistência e afeto, revelando uma Vitória ainda mais autêntica.
No outro extremo, um símbolo mais recente: o Monumento Vitória 360º, escultura anamórfica que forma o nome da cidade e já virou atração turística. É como se fosse uma assinatura contemporânea de uma capital que sabe se reinventar sem perder a essência.
Vitória é assim: uma mistura de mar, fé, cultura, sabores e afetos. E é justamente nesse encontro de paisagens e sentimentos que mora o verdadeiro encanto da cidade. Quem chega dificilmente parte da mesma maneira, porque sempre leva consigo um pedaço desse lugar que é, ao mesmo tempo, porto seguro e horizonte aberto.