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Tradição e nostalgia: Feira de Antiguidades da Rua da Lama faz 2 anos com mostra de carros clássicos
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Por Pedro Vargas (pedrovargaseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes
Neste sábado (6), a famigerada Rua da Lama volta a pulsar memórias. Desta vez, com um brilho ainda mais intenso. A Feira de Antiguidades, que há dois anos reinventa a alma cultural de Vitória, celebra seu aniversário com a edição que será um marco em sua história. O retorno ao passado, que geralmente é guiado por objetos, artes e pessoas, em dezembro, contará também com encantadoras máquinas que atravessaram décadas como verdadeiros guardiões do tempo: os carros clássicos.
Pela primeira vez, a exibição de automóveis tão valiosos quanto raros, cada um trazendo na lataria a poesia dos anos que já não voltam, mas que insistem em permanecer, enriquecem a feira.
O público poderá se aproximar de carros como um Plymouth Satellite 1969, um autêntico muscle car americano que parece ter atravessado as estradas do tempo para repousar, orgulhoso, sob o sol capixaba. Logo ao lado, repousará o protótipo Sigma Full Carbon, inteiramente esculpido em fibra de carbono e movido pela mecânica poderosa da Corvette; uma obra viva de engenharia, quase futurista, que contrastará com a nostalgia do entorno, como se lembrasse que o tempo, afinal, tem muitas camadas.
Haverá também o Chevrolet El Camino 1964, esse híbrido raro entre carro e caminhonete, tão comum nas praias californianas, tão presente no cinema e tão incomum por aqui. É fácil imaginar surfistas eternos acomodando pranchas na caçamba, atravessando a West Coast em tardes douradas.
Ainda em destaque, outra "belezura" do automobilismo, um ícone norte-americano que, por si só, já vale a visita: um Mustang conversível 1966, azul metálico por fora e branco por dentro, raro como uma lembrança que nunca desbota.
Atualmente o evento, realizado sempre no primeiro sábado de cada mês, expandiu seu horário, indo das 9 às 16 horas, reunindo mais de 20 expositores, cada um oferecendo relíquias que atravessam gerações como porcelanas que já viram mesas de família, móveis que guardam segredos, moedas e selos que viajaram continentes, vinis que embalaram romances e despedidas e bijuterias que conheceram sorrisos antigos.
A feira é também um espaço de arte viva, um museu a céu aberto, onde caricaturistas eternizam rostos em minutos e pintores, músicos e artistas transformam o cotidiano em espetáculo.
Para o secretário municipal de Cultura, Edu Henning, a data marca mais do que um aniversário: "É o encontro entre o passado e o presente. A feira nasceu como algo inédito em Vitória, e em dois anos se tornou um ponto de afeto, memória e cultura. Esta edição especial reforça esse espírito: histórias se cruzando, tempos se tocando, tudo ao alcance de quem passa pela Rua da Lama", celebra.
A feira continua sendo um evento de acesso gratuito, voltado para todas as idades, desde crianças curiosas, adultos nostálgicos, colecionadores apaixonados, turistas e agora também amantes de carros clássicos, que encontrarão no asfalto do bairro um túnel para outras épocas.
Serviço
Feira de Antiguidades da Rua da Lama - Edição Especial de 2 anos
Quando: sábado (6), das 9 às 16 horas
Onde: Avenida Anísio Fernandes Coelho, Jardim da Penha - Rua da Lama.
Entrada Franca (evento ao ar livre).
