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Servidora de Vitória apresenta experiência de sucesso sobre combate ao tabagismo
Publicada em 02/09/2019, às 15h24
Por Giovana Rebuli Santos (girsantoseira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi
A enfermeira da Unidade de Saúde (US) Vitória Iraci Marques de Oliveira apresentou o trabalho "Grupo de Apoio Terapêutico como Método de Enfrentamento ao Tabagismo" durante a Semana da Enfermagem, realizada pelo Conselho de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES), que terminou na última sexta-feira (30).
Iraci verificou que, dentro do grupo que conseguiu deixar o tabagismo, quase 30% das pessoas conseguiram abandonar o vício apenas com o apoio multiprofissional da equipe.
"Todas as pessoas, quando nos procuram para parar de fumar, acreditam que não conseguirão deixar o cigarro sem a ajuda de medicamentos. Mas os estudos e as pesquisas mostram que a força de vontade é uma ferramenta poderosa para a mudança de hábitos, sendo fundamental para deixar o tabaco", explicou Iraci.
Entre os moradores atendidos pela equipe multiprofissional do Grupo de Apoio ao Tabagista (GATT) da US Vitória, encontra-se José Carlos Netto, de 57 anos. Ele conta que começou a fumar ainda na adolescência, mas conseguiu deixar o tabaco com a ajuda do GATT.
"Quero ver meus netos jovens, se formando. Minha família me apoiou muito. E tudo melhorou na minha vida sem o cigarro: durmo, como e respiro melhor. Foi uma luta, mas eu venci e hoje sou livre do cigarro".
Tratamento
Em Vitória, todas as 29 unidades de saúde estão aptas a realizar ações para enfrentar o tabagismo em dois eixos: na prevenção e no tratamento dos tabagistas, por meio do GATT.
As ações visam reduzir a iniciação do tabagismo, principalmente entre jovens, aumentar o fim do tabagismo entre os que se tornaram dependentes e proteger todos dos riscos do fumante passivo. Para o munícipe que deseja parar de fumar, a orientação é procurar a unidade de saúde mais próxima e iniciar o tratamento no início de um novo GATT.
O GATT é o preconizado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), que inclui a abordagem cognitivo-comportamental do fumante, com treinamento de habilidades comportamentais, visando à cessação e à prevenção da recaída. O indivíduo deve passar por uma consulta de avaliação clínica antes de iniciar as sessões de abordagem.
Nela, são avaliados a motivação da pessoa em deixar de fumar, seu nível de dependência física da nicotina, se há indicação ou contraindicação de uso do apoio medicamentoso, existência de comorbidades psiquiátricas e sua história clínica.
A abordagem cognitivo-comportamental consiste em sessões individuais ou no GATT, com 10 a 15 participantes. Durante as sessões, os indivíduos que tiverem indicação como poderão utilizar apoio medicamentoso do adesivo transdérmico de nicotina (21mg, 14mg e 7mg), goma de mascar de nicotina (2mg) ou cloridrato de bubropiona (150mg).