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Porão a Sonhar: projeto estimula potencial de estudantes com altas habilidades
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Por Brunella França, com edição de Matheus Thebaldi
Com a colaboração de Luís Oliveira
Estimular os estudantes com indícios de Altas Habilidades/Superdotação a desenvolver talentos, criatividade, empreendedorismo e experimentação. Esse é o objetivo do "Porão a Sonhar", nome que batiza a sala de recursos multifuncionais (SRM) da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Álvaro de Castro Mattos, em Jardim da Penha.
Os trabalhos são coordenados pelos professores Israel Scardua e Verônica Devens. O espaço atende cerca de 40 estudantes de escolas da rede pública de Vitória.
Porão em Cores
Um deles é Davi Vianna, de 11 anos, que está no 6º ano. Em uma parceria com o Instituto de Cultura e Responsabilidade Social do Espírito Santo (Icores) e também o projeto "Cores que Acolhem", o estudante desenvolveu um projeto para explorar e falar sobre o mundo da arte e da cultura, o que deu origem ao programa "Porão em Cores", que foi reproduzido em seu canal no YouTube.
"O tema foi proposto pelo próprio estudante. Para produzir os vídeos, com edição e tudo o que o estudante precisava, buscamos uma parceria com o Instituto Cores que Acolhem. Daí, surgiu o nome 'Porão em Cores'", explicou o professor Israel Scardua.
O foco, neste primeiro momento, é nas histórias de pintores de projeção internacional. "Pude conhecer muito sobre cultura e arte viajando com meus pais. Tem sido uma experiência muito legal fazer os vídeos. Eu adoro o tema, e posso falar sobre os pintores e tudo que gosto. Tive todo o apoio do professor Israel, com ideias para os vídeos, orientações e tudo mais", explicou Davi.
Construindo sonhos
São projetos como o "Porão a Sonhar" que transformam vidas e exploram o potencial enorme de estudantes da rede pública de Vitória. É o caso do ex-aluno Brenno Silver.
"O tempo que frequentei foi transformador para mim, tanto como artista, mas também como pessoa. Eu conhecia apenas o lápis e o papel, mas lá aprendi que existiam diversas outras técnicas e materiais diferentes. Todo esse contexto me motivou bastante a seguir meu sonho", recordou Brenno.
Atualmente, ele trabalha como desenhista e professor de desenho, com pretensões de seguir carreira como ilustrador. Tudo isso porque recebeu estímulo e apoio quando frequentou o “porão” da escola.
"Graças ao professor Israel, comecei a ver em mim um potencial que nem eu mesmo enxergava. E descobri que existiam diversas profissões que tinham como base o desenho, como arquitetura, ilustração, animação, modelagem 3D, entre outras", completou.