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PMV fará readequação do Centro de Quarentena com desaceleração da pandemia

Publicada em 21/07/2020, às 15h43 | Atualizada em 21/07/2020, às 16h16

Por Josué de Oliveira, com edição de Matheus Thebaldi


  • Saúde e bem-estar
  • Parcerias e meios de implementação

Leonardo Silveira
Centro de Quarentena no Sambão do Povo
Camarotes do Sambão do Povo receberam novos mobiliários para atender pessoas em vulnerabilidade diagnosticadas com Covid-19 (ampliar)

Diante da nova fase de desaceleração da pandemia do coronavírus em Vitória, alguns ajustes e reprogramação precisarão ser feitos. A Prefeitura de Vitória irá fazer uma readequação no Centro de Quarentena, localizado no Sambão do Povo.

Desde sua criação, no dia 3 de julho, o Centro de Quarentena atendeu nove pessoas, sendo que o primeiro caso foi no dia 4. Dessas, três ainda estão sendo assistidas no local.

Outras 10 pessoas que seriam encaminhadas para o espaço foram notificadas porque se recusaram a aceitar o serviço, e a Prefeitura encaminhou esses casos para o Ministério Público.

Custo por investimento

Para a compra de móveis e equipamentos do Centro de Quarentena, foram investidos R$ 93.465,90, além de R$ 16.415,86 para pagamento de pessoal, R$ 90.874,00 de adequação da estrutura, R$ 32.957,50 de alimentação, material de higiene e limpeza. Foram gastos, ainda, R$ 5.237,24 com locação de carro (valor referente a um mês e 12 dias) e R$ 16.404,30 com a carreta (produção dos alimentos e lavagem de roupas).

"Cabe ressaltar que o valor investido que não for utilizado será devolvido e que todos os equipamentos comprados para montar a estrutura pertencem ao município e serão reaproveitados nos demais serviços de acolhimento já existentes na Prefeitura", disse o coordenador do Comitê de Gerenciamento das Políticas Sociais dos impactos causados pela Covid-19, Bruno Toledo.

Desaceleração

O coordenador explicou ainda que o planejamento do número de atendidos no Centro de Quarentena, que teria capacidade para patender até 800 pessoas até dezembro, foi feito em parceria com o Governo Federal, que foi quem estipulou o valor do investimento em Vitória a partir da estimativa de público vulnerável que poderia ser atendido no pior cenário da pandemia.

"Nada indicava que seríamos surpreendidos pela desaceleração da pandemia já neste momento. Por isso, estamos dialogando com o Ministério Público, que tem acompanhado o processo desde o início, para fazer essa readequação. Nós nos preparamos para acolher as pessoas mais vulneráveis (pessoas que não têm onde morar, idosos e pessoas com deficiência física ou mental) no pior cenário possível da pandemia, mas esse cenário, felizmente, não está se confirmando, o que nos leva a fazer logo esse redimensionamento. Todavia, estaremos mobilizados para a retomada do quantitativo total caso o cenário se reverta", pontuou Bruno.

De acordo com a nova matriz de risco da Secretaria de Estado da Saúde (Semus), Vitória saiu da classificação de risco alto e para moderado por dois principais motivos: redução da ocupação de leitos de UTI e redução na média de óbitos diários.

"Nas últimas semanas, observamos a estabilização no número de casos confirmados. Isso foi possível graças ao intenso trabalho de monitoramento feito pelas equipes de saúde para os casos suspeitos de Covid-19, o que reduz as complicações. Esse monitoramento está sendo possível pois conseguimos instituir mecanismos de melhoria do acesso aos serviços através da teleconsulta e videoconsulta, garantir o funcionamento de todas as unidades básicas de saúde e ampliamos também a capacidade de atendimento do PA para acolhimento dos casos mais graves", explicou a secretária de Saúde, Cátia Lisboa.

Vulnerabilidade

O Centro de Quarentena é destinado a pessoas em vulnerabilidade social, como população em situação de rua, idosos acamados, deficiente físico ou pessoas com a Covid-19 que precisam fazer isolamento, mas vivem em espaços pequenos com outros familiares. Por dia, são servidas cinco refeições, além de lavagem de roupas dos pacientes do local.

A triagem dos pacientes é feita pelas equipes de Assistência Social e Saúde.

"Todo trabalho foi fundamental para a criação dos serviços de acolhimento à população mais vulnerável do município. Estamos diante de um cenário em que todos os esforços foram positivos, considerando a queda da demanda para acolhimenro. Isso aconteceu pelo empenho da gestão e de toda população", disse a secretária de Assistência Social, Iohana Kroehling.


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