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Pesquisa aponta variação de até 240% no preço do material escolar

Publicada em 29/01/2020, às 16h16

Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Josué de Oliveira


  • Consumo e produção responsáveis

Carlos Antolini
Fiscalização de Material Escolar
A pesquisa mostrou uma diferença de até 240% em produtos de uma loja para outra

O Procon Vitória alerta as famílias para pesquisar e comparar os preços dos itens da lista de materiais dos alunos para evitar o comprometimento da renda. É que o levantamento feito pelo órgão aponta que a diferença de preço pode ultrapassar a casa dos 240%, como foi constatado no valor da régua plástica (30cm, Super Cristal) que estava sendo vendida por R$1,30 em uma papelaria e, em outra, o mesmo produto, da mesma marca e tamanho, custava R$4,50.

Confira a pesquisa 

Estabelecimentos com menor preço 

Relatório técnico 

A diferença de preço também é grande quando se entra na seção de pastas. O modelo de pasta aba plástico multi onda com elástico (245x335x17mm) transparente foi encontrada em um estabelecimento com o preço de R$ 2,60 e, na outra papelaria, por R$ 6,90, o que corresponde a uma diferença na casa dos 165,38%.

Na seção de lápis, a diferença nos preços praticados pelas papelarias da Capital permanece elevada. A caixa de lápis de cor (Aquarela, 24 cores, ref. 120224G, da Faber Castel) era vendida por R$ 25,90 em um local e, no outro, R$ 55,90, o que representa 115,85% de variação de um mesmo produto, da mesma marca e com a mesma quantidade.

A pesquisa de preços do Procon Vitória aponta que, até mesmo, itens essenciais, básicos para a vida escolar de um aluno, como lápis, borracha e caderno a variação de preço, embora seja menor não pode ser desconsiderada. A borracha (FC Max neon, unidade, ref. 7024FLVN), Faber Castel, foi encontrada com o preço que variavam entre R$ 2,80 e R$ 3,90, ou seja, 39,29% de diferença no preço entres os estabelecimentos.

A gerente do Procon Vitória, Herica Correa, Souza informou que a pesquisa de preços de materiais escolar feita pelo órgão apresenta os locais com o maior número de itens com menor preço comercializado. “Desta forma estamos trabalhando para conscientizar as famílias da importância de pesquisar preços para atender as necessidades escolar dos alunos, mas sem comprometer o equilíbrio financeira familiar”, comentou.

A pesquisa traz o preço de 64 itens encontrados em cinco papelarias da Capital, entre os de 22 a 24 de janeiro. O levantamento mostra ainda onde as famílias podem fazer mais economia. Por exemplo, desse total de itens, um estabelecimento apresentou 31 objetos com o menor preço, enquanto a segunda papelaria com maior quantidade de itens com preço mais baixo, totalizou 11 materiais da lista.

A gerente do Procon Vitória ressalta que as famílias devem sempre pesquisar, negociar o melhor preço, formas de pagamento e solicitar descontos para compras da lista ou de um volume maior de objetos. Além disso, Herica Correa Souza frisa ainda que as famílias devem ficar de olho na lista dos alunos para não comprar o que não é preciso ou que seja proibido de ser exigido pelas escolas, como, por exemplo, brinquedos, objetos de uso coletivo, livros plásticos para banho, creme dental, gibi infantil, garrafa para água, pincel para pintura, papel em geral, entre outros itens.

Cidadania

O secretário de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho, Bruno Toledo, reforça que a finalidade das pesquisas feitas pelo Procon Vitória é ser uma referência para aos consumidores.

“Não podemos ter o direito de intervir nos preços, uma vez que, vivemos num país onde há liberdade de mercado e precificação. Mas um consumidor munido de informações sobre seus direitos e consciente da variação de preço praticada no mercado tem melhores condições de se posicionar para garantir o cumprimento das leis, negociar com os fornecedores. Isso também é exercer a cidadania e garantir seus direitos humanos”.


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