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Estudantes fazem simulado de debate e eleição em sala de aula no bairro Da Penha
Publicada em 28/09/2022, às 15h15 | Atualizada em 28/09/2022, às 15h19
Por Brunella França, com edição de Andreza Lopes
O processo democrático das eleições gerais está na pauta do país. Na sala de aula, também. Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Zilda Andrade, em bairro da Penha, o projeto Eleições é uma atividade presente na proposta curricular.
A professora de Geografia Ludmila Martins explicou que, em ano eleitoral, é feito um trabalho interdisciplinar com o professor de História Leonardo Tironi para as turmas do 8º ano, envolvendo, em média, 45 estudantes.
"As aulas, em sala, têm uma abordagem sobre os conceitos de estado, território, país, formas de governo e democracia. Em seguida, é proposta como atividade avaliativa a criação de partidos políticos, com candidatos, legendas e propostas políticas. Em uma aula diferenciada, há uma simulação de debate e eleição presidencial, com uso de uma urna e cédulas. Para finalizar o projeto, é feita uma visita pedagógica à Assembleia legislativa do Espírito Santo, para os estudantes conhecerem o trabalho de deputados estaduais eleitos", contou a educadora.
As turmas envolvidas no projeto avaliaram de forma positiva a atividade.
"Foi muito bom. Deu para entender como é um debate, o processo eleitoral e a formação de propostas dos candidatos. E é fundamental também despertar para política e compreender a importância disso na minha vida, da minha família e pessoas ao meu redor", contou o estudante João Vinicius Almeida do 8° ano A.
Já na turma do 8º ano B, o estudante Kauã Matias de Souza mudou sua perspectiva sobre a importância da política e já pensa, no futuro, em ser candidato de verdade, não apenas numa dinâmica em sala de aula.
"Percebi como a política pode mudar a vida das pessoas. Eu não gostava do assunto, mas com a ação da escola, passei a mudar meus conceitos. Penso no futuro em me candidatar a algum cargo político para ajudar os mais necessitados", afirmou.
Exercício da cidadania
Com idades entre 12 e 14 anos, os estudantes das turmas do 8º ano ainda não podem votar, pois a idade mínima para participar do processo eleitoral é 16 completos até o dia da eleição. Ainda assim, o exercício com foco na cidadania é uma dinâmica que visa a prepará-los para acompanhar o processo eleitoral quando já tiverem idade suficiente para votar.
"Essa dinâmica oportuniza o conhecimento do exercício de cidadania através do pleito eleitoral. A atividade é imprescindível para o conhecimento da democracia e como os estudantes podem ser agentes participantes e ativos, com direito ao voto a partir dos 16 anos", ressaltou o professor Leonardo Tironi.
A pedagoga Vanessa Trancoso avaliou como é produtivo para os estudantes conhecerem a vivência do mecanismo das eleições. "Isso é importante para quando eles se tornarem eleitores natos, podem usar o voto de forma mais consciente", disse.