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Cultura capixaba embala festa de pequenos de Cmei de Jardim Camburi
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Por Carmem Tristão, com edição de SEGOV/SUB-COM
"Eu e você: capixabas para valer!", projeto pedagógico do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Rubens José Vervloet Gomes, em Jardim Camburi, que tem como objetivo explorar e vivenciar a cultura capixaba, teve sua culminância na última quinta-feira (9), em uma verdadeira festa que reuniu cerca de 300 crianças com suas famílias.
A ideia do projeto é proporcionar aos alunos e comunidade escolar a cultura popular, a culinária e costumes, permitindo explorar as tradições do povo capixaba.
"A importância de conhecer e resgatar a cultura capixaba proporciona a valorização de nossas raízes culturais manifestadas, por exemplo, nas músicas, lendas, danças, comidas, fotografias, artesanatos, brincadeiras, entre outros. Para começo de conversa, pouca gente sabe que o termo capixaba tem origem da língua Tupi, que significa lavoura. O projeto justifica-se por oportunizar às crianças um encontro lúdico com o patrimônio cultural, histórico e ambiental do nosso Estado, despertando a identidade capixaba", disse a diretora do Cmei, Lizandre Ignês Carpanedo do Carmo.
Metodologia
Durante todo o semestre, os profissionais do Cmei utilizaram metodologias diversificadas, que incluíram aulas de campo, visitas monitoradas, dramatizações, contação de histórias, elaboração e degustação de receitas, o fazer artístico, exploração de músicas, filmes, jogos e brincadeiras, oficinas, entre outros recursos.
Cultura capixaba
Vários aspectos da cultura capixaba foram explorados, a exemplo das tradicionais festas e manifestações culturais, como capoeira, bandas de congo, Folia de Reis, Ticumbi, Festa das Paneleiras, Festa da Polenta, Festa de São Benedito e Puxada do Mastro.
As influências europeia, indígena e africana, as rotas turísticas capixabas, arte popular, culinária, músicas como “Penedo vai, Penedo vem”, monumentos históricos e patrimônios culturais foram estudados. Também houve o resgate de antigas brincadeiras infantis, como bolinhas de gude, jogo das pedrinhas, belisca ou cinco Marias.
A literatura também teve destaque, por meio de histórias e lendas, como “A lenda do pássaro de fogo”, “O milagre da Penha”, “O frade e a freira”, “Lenda do Sumé”, “A sereia de Meaípe”, “O poço de Anchieta”, “História de Queimados”, “Lenda da Mãe-Bá”, “Lenda do Pedro Cem”, “Lendas e contos das pedreiras capixabas”.
E tudo isso pôde ser verificado numa festa rica e colorida, em que as crianças apresentaram as músicas “Caranguejo”, “Peixe vivo”, “Da Da Da”, “Madalena”, “Barquinho” (Banda Casaca), “Sereia” (Banda Casaca), “Vem com Congos”, “Moqueca Capixaba”, “Tu tu tu tupi”, “Curumim”, “Música festa do interior” e “Pot-Pourri” (mix - música de congo).
Pais
"É para ter muito orgulho da educação que os meus filhos vêm recebendo. Minha filha, aos 2 anos, está aprendendo sobre cultura aqui neste Cmei. Meu filho, de 8 anos, é aluno da rede e começou a ler aos 4 também em Cmei. Ambos cresceram e evoluíram muito na escola pública, e por isso eu percebo um diferencial. A festa está linda, a gente percebe a dedicação dos professores e sabe que tudo foi feito com muito carinho", disse a advogada Fabíola Gomes Guasti, mãe da Manuela Gomes Guasti, de 2 anos e 5 meses.
A professora Viviane levou a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para a apresentação musical “Caranguejo”, que representou o mangue e as praias capixabas. "Cozinhei um caranguejo, coloquei no álcool e trouxe para a sala para que eles pudessem conhecer o crustáceo. E foi interessante porque apenas dois dos meus alunos conheciam e sabiam o que era um caranguejo. No segundo semestre, nós estamos preparando uma visita dos alunos ao manguezal", contou.
"A participação da família é muito positiva, os pais estão sempre na escola ajudando e nos apoiando, trabalhando no figurino das crianças e participando. O Cmei ficou cheio nos dois turnos. É gratificante saber que os pais tiraram o dia de folga para estar aqui com os filhos. Os pais trouxeram, inclusive, muitos textos sobre o Espírito Santo para a gente, fizeram pesquisas em casa, fotos de monumentos da cidade. Foi muito legal", contou a diretora Lizandre.
