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Creas faz ações alusivas ao Dia do Enfrentamento à Violência Infantil
Publicada em 19/05/2020, às 16h59 | Atualizada em 19/05/2020, às 18h34
Por Paula M. Bourguignon, com edição de Matheus Thebaldi
As equipes dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), que são equipamentos da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), estão realizando atividades alusivas ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (18 de maio).
Os oficineiros dos Creas fizeram um vídeo tratando da temática e contando histórias para estimular as crianças a se expressarem caso sofram violação de direitos. Eles também reforçam o canal de denúncias: Disque 100.
Além disso, os Creas, junto ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Caminhando Juntos (Cajun), estão enviando um quebra-cabeça nas sacolas de atividades para crianças e adolescentes.
"Essa data é importante para dar visibilidade a uma violência que, na sua maior parte, é vivenciada no ambiente familiar. O serviço do Creas atua como apoio e escuta profissional, com o objetivo de fortalecer os indíviduos e famílias que chegam ao nosso serviço e que, no momento, estão vivenciando isso. Atuamos juntos na rede socioassistencial para garantir os direitos desses indivíduos ou famílias", disse a psicóloga do Creas e integrante do Fórum Araceli, Camila Lisboa.
Assista ao vídeo:
Proteção
"O Creas é um dos equipamentos da rede de proteção à infância que desenvolvem atividades para enfrentar esses casos. Fazer esse enfretamento é sempre algo muito desafiador e, ao mesmo tempo, libertador. É desafiador porque a realidade nos mostra que, na maioria dos casos, o abusador sexual é alguém próximo da criança e do adolescente. Vimos que existe um vínculo afetivo estabelecido entre a vítima e o abusador. Não são vistos como 'monstros', como quando vem à tona algum caso de abuso e exploração sexual. O abusador costuma ter uma artimanha para seduzir a vítima, então ele compra e seduz com presentes, mimos, palavras e sempre com instrumento do silêncio", disse a coordenadora dos Creas, Fabiola Calazans.
Ela completou: "Precisamos falar sobre abuso e exploração sexual infantil e quebrar de uma vez por todas esse segredo e esse silêncio. Indepentente da classe social, raça e religião, o abuso e a exploração sexual aparecem de forma velada. A informação é a grande ferramenta que as famílias têm de lutar e fazer oposição a isso e vencer".
Atividades
"As atividades propostas (como o quebra-cabeças) são planejadas e elaboradas com o intuito de promover o exercício do imaginário, criar espaços lúdicos e gerar capacidades de fomentar a autoestima, além de incentivar a criação artística e ressignificar vidas, pois a arte é instrumento humanizador que amplia olhares, exercita reflexões, oportuniza a socialização, transformando vidas", disse a oficineira Lorena Lima.
Situação de rua
O trabalho de combate ao abuso sexual também é feito junto a pessoas em situação de rua. "Quando realizamos as abordagens e identificamos crianças ou adolescentes em situação de rua, realizamos a escuta e, dependendo do relato, tentamos identificar se acontece exploração/violência sexual. Quando indenficamos a situação da violência, o primeiro passo é acionar o Conselho Tutelar e o Creas, para onde também tentamos realizar o encaminhamento", disse Regiane Pereira da Silva, que é supervisora técnica do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas).
Como procurar
Centro de Referência Especializado da Assistência Social - Região Bento Ferreira
Avenida Carlos Moreira Lima, 451, Bento Ferreira. Telefones: 3132-1719 / 3223-2331
Centro de Referência Especializado da Assistência Social - Região Centro
Rua Aristides Freire, 36, Centro. Telefone: 3132-8065
Centro de Referência Especializado da Assistência Social - Região Maruípe
Rua Dom Pedro I, 43, Maruípe. Telefone: 3233-3420