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Centros de Referência são o caminho direto para a proteção social básica

Publicada em 27/09/2022, às 18h50

Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


  • Erradicação da pobreza
  • Redução das desigualdades

Flávio Almeida
Banner do CRAS Parque Moscoso

Se você pensa que os Centros de Referência em Assistência Social (Cras) são apenas pontos de cadastramento e atualização de dados do Cadastro Único, está na hora de conhecer mais sobre eles. É que esse é apenas um dos procedimentos realizados pelos trabalhadores que atuam nos Cras de Vitória. Eles são a principal via de acesso a toda a rede de proteção da Assistência Social de Vitória, por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF).

Ao ser atendido no equipamento, o munícipe tem à sua disposição profissionais que buscam colocá-lo no caminho de acesso a direitos, o que significa acionar a rede de proteção social. Essa ação contribui para a prevenção de situações de risco ou até mesmo superação das vulnerabilidades apresentadas. A exemplo do que fazem a psicóloga Kedma Lima Barbosa e a assistente social Camila dos Santos Rangel de Barros, que atuam no Cras Maruípe e Jucutuquara, respectivamente.

Kedma, que atua há mais de 14 anos na Assistência Social, sendo nove deles no Cras Maruípe, contou que ao olhar nos olhos do munícipe vai ao Cras, através da escuta qualificada é possível identificar algumas fragilidades que vão para além do benefício que a família foi buscar.

"Hoje, todos os técnicos especialistas ficam de prontidão e se revezam no atendimento às famílias que chegam ao equipamento. Após a acolhida, ao ser identificada a necessidade é realizado um agendamento para sanar os problemas", comentou Kedma.

A assistente social Camila frisa que, quando chegam ao Cras, os munícipes são atendidos por profissional que, por meio de uma escuta especializada, procura enxergar a família em sua totalidade. "Esse trabalhador é um especialista do Paif e, mesmo que venha apenas uma pessoa da família para os atendimentos, o que chamamos de responsável familiar, o nosso olhar é para a integralidade dessa família. O nosso trabalho está além da concessão de benefícios. Levamos em consideração a segurança de acolhida, autonomia e convívio como está previsto no Protocolo dos Centros de Referência da Assistência Social 2022", detalhou a assistente social.

Ela exemplificou que, agora, quando o munícipe chega ao Cras tem como uma das ações ofertadas as oficinas de acesso a direitos. "Nela, falamos sobre os direitos, aos quais pode ter acesso. O objetivo é muni-lo de informações, além de instruí-lo para ser um multiplicador dessas orientações dentro do território", enfatiza Camila.

Para essas profissionais, o sucesso do trabalho acontece quando conseguem aprofundar a relação com o munícipe, de forma que ele perceba que existem outras possibilidades para além do benefício. "Os atendimentos coletivos, que ocorrem nas oficinas, vêm no viés de inserir a pessoa no processo de conhecimento do território, das potencialidades e de conhecer outras pessoas que têm as mesmas fragilidades que ela. Com isso, fica mais forte para superar a vulnerabilidade apresentada", ressaltou a psicóloga Kedma.

A gerente de Atenção à Família da Semas, Cremilda Astorga, ressaltou que o Cras é a principal porta de entrada do Suas e, tem por objetivo prevenir as ocorrências de situações de vulnerabilidade e riscos sociais por meio de ações que visem as potencialidades, o fortalecimento de vínculos e a ampliação do acesso ao direito das famílias e dos territórios. "Primamos pelo desenvolvimento de ações de caráter preventivo, proativo e protetivo das famílias", reforçou Cremilda.

A secretária da Assistência Social, Cintya Schulz, acredita que é preciso, enquanto política de Assistência Social apresentar o Cras como um equipamento público muito importante nos territórios, e que não estão limitados a atualização e realização de Cadastro Único e onde o cidadão pode ter benefícios eventuais. "Ele é local de escuta, acolhida e de diagnóstico para realizarmos o trabalho social com famílias onde a ênfase é na família e em sua proteção. Vitória tem investido em diagnósticos territoriais, em garantir a escuta das famílias e assim ter acesso aos seus direitos", frisou a secretária Cintya.


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