Notícias

Centros de Convivência são ponto de partida para diálogo e vínculos familiares

Publicada em 02/06/2023, às 15h25 | Atualizada em 02/06/2023, às 15h27

Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


  • Erradicação da pobreza
  • Redução das desigualdades
  • Paz, justiça e instituições eficazes

Foto Divulgação
Gerusa e o filho Carlos Eduardo no SCFV Nova Palestina
Gerusa e o filho Carlos Eduardo no SCFV Nova Palestina. (ampliar)

É difícil ser contrário à afirmativa de que toda relação humana é complexa. Quando levada para o universo das famílias, da convivência diária, a tendência é que os desafios passem a ser ainda maiores. Certo? Para a dona de casa Gerusa Pinto da Costa, de 56 anos, mãe de cinco filhos, o caminho para minimizar foi investir no fortalecimento dos vínculos familiares e garantir bons exemplos dentro de casa.  

A pavimentação desses caminhos, segundo a dona de casa, contou com a participação dos filhos s Karina (37), Wagner (35), Cíntia (26), Aryadine (23) e Carlos Eduardo (14), no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) Nova Palestina. Demonstrando muito orgulho da família, Gerusa falou que "não é fácil, mas é possível a construção desses vínculos. Os irmãos também são exemplo uns para os outros", disse ela referindo-se  a participação do caçula também nas atividades do SCFV.

 "Posso dizer que são três gerações da família, por causa da grande diferença de idade entre eles, que teve acesso a direitos e oportunidades participando das atividades", contou ela. Atualmente, o filho caçula participa do serviço por meio do grupo de convivência e de duas vezes na semana da oficina de convivência.

Mas, a relação da família com o SCFV, começou antes mesmo de Carlos Eduardo nascer.  A primogênita Karina e segundo filho da família Wagner frequentaram juntos há mais de 20 atrás. Hoje, Karina é graduada em Administração e trabalha na área e, Wagner está empregado, atuando como coletor de resíduos. 

História de sucesso

A participação dos filhos mais velhos no SCFV serviu de base para que as filhas Cintia e Aryadine também quisessem e fizessem questão de estar lá no Centro de Convivência. Dona Gerusa disse que as histórias contadas pelos irmãos mais velhos sobre o que faziam e viviam dentro do SCFV fez crescer a vontade natural de Carlos Eduardo seguir o mesmo caminho. 

"Aqui, me sinto mais feliz, alegre. Antes de participar, ficava em casa sem fazer nada. Agora, participo de muitas atividades. Me sinto melhor", contou Carlos Eduardo. Ele disse que, quando chega em casa, tem o que conversar com os irmãos mais velhos e, fica mais perto da mãe, para contar as novidades. 

Foto Divulgação
Carlos Eduardo no SCFV Nova Palestina
Carlos Eduardo contou que participar da atividades o SCFV Nova Palestina contribui para o fortalecimento dos vínculos familiares. (ampliar)

Ao ser questionado se estar no SCFV contribuiu para a vida em família, Carlos Eduardo disse: "Claro, pô. Fortalece a união dentro de casa. Conversamos sobre o que eles faziam na época deles. Eu falo do que estou participando agora. É legal", contou. 

Carlos Eduardo fez questão de propor uma foto abraçado a mãe, instigando a perguntar se era sempre assim? Dona Gerusa balançou a cabeça positivamente. "Ele mudou muito. Ele é mais amoroso em casa, mais participativo nas atividades da escola. Na escola sempre recebe elogios por interagir com todos, por estar disposto a ajudar nas atividades. E ele é muito estudioso também", falou orgulhosa. 

Nessa hora, Carlos Eduardo fez uma revelação: "Quero ser médico". Isso deixou a mãe ainda mais orgulhosa. Nesse momento, Gerusa olhou para filho e disse: "Já pensou? Você vai conseguir, meu filho", dando um reforço positivo ao sonho do filho.

Para a coordenadora do Centro de Convivência, Sonia Maria Neves, o depoimento da família Pinto da Costa é mais que um elogio ao trabalho realizado pelas equipes que já atuaram e atuam no espaço. "É uma demonstração que favorece o desenvolvimento de sociabilidades e a prevenção de situações de risco social", destacou.

Para a gerente de Serviços de Convivência da Secretaria de Assistência Social de Vitória (Semas), Cristina Silva, fazer efetivar o Reordenamento dos serviços de convivência como devem ser, traz esses resultados maravilhosos. "Trouxemos o foco novamente a segurança de convívio do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Diretriz para todos os serviços mas para nós mais que essencial", explica.

A secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, disse que Assistência Social transforma vidas." Quando realizada de forma planejada, técnica e desta forma tão qualificada, os resultados são não só de médio prazo, estamos falando do real caráter desta oferta pública", afirma.


Voltar ao topo da página