Campanha alerta sobre assédio contra a mulher no Carnaval
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Por Josué de Oliveira, com edição de Matheus Thebaldi
Imagem divulgação
Campanha faz o alerta: "Depois do "não" é tudo assédio"
A alegria e o clima de paquera do Carnaval já estão tomando conta das ruas. Mas é nesse período que o número de denúncias de assédio e violência contra a mulher cresce. Para se ter uma ideia da gravidade do problema, uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular revelou que quase metade dos homens entrevistados disse que a folia não é lugar para "mulher direita".
Pensando nisso, a Secretaria Municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid) vai promover uma campanha educativa para chamar atenção para o fim do assédio, principalmente, no período de Carnaval.
A secretária de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho, Nara Borgo, acredita que, por conta do pensamento algumas vezes machista, a mulher que quer se divertir como qualquer outra pessoa ainda é a maior vítima de violência.
"O comportamento machista ainda acha que uma mulher não pode usar uma fantasia e pular Carnaval apenas para se divertir. Ele acredita que ela está disponível e, com isso, pode assediá-la livremente sem ser punido. E isso precisa mudar. São dicas importantes que vamos publicar nas nossas redes sociais para alertá-los de que depois do 'Não' é tudo assédio".
As mulheres que se sentirem violadas em seus direitos podem fazer as denúncias pelo telefone 180 ou procurar a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, que funciona 24 horas.
Além disso, a Semcid disponibiliza o Centro de Atendimento de Referência à Mulher em Situação de Violência (Cramsv). O atendimento funciona de segunda e sexta-feira, das 12 às 19 horas, no Centro Integrado de Cidadania (CIC) Zumbi dos Palmares, mais conhecido como Casa do Cidadão, em Itararé.