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Banco comunitário estimula economia local e oportuniza negócios em três bairros

Publicada em 03/10/2019, às 16h10

Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Matheus Thebaldi


Ateliê de Ideias
Banco Bem
Comerciantes ganharam prêmio de R$ 5 mil para investir em seus pequenos comércios

O Procon Vitória comemora o sucesso de mais um projeto apoiado pelo órgão: o Ponto Solidário, realizado pela Associação Ateliê de Ideias.

Na última terça-feira (1º), o projeto, acompanhado e monitorado pela Gerência de Qualificação do Trabalhador, inaugurou o "Banco Bem de Perto", que amplia as atividades do Banco Bem, que é uma espécie de instituição comunitária, para atender os moradores dos bairros Andorinhas, Santa Martha e Mangue Seco.

Até a inauguração do banco, foram realizadas várias reuniões de sensibilização e mobilização de moradores concedidos benefícios para empreendedores da região, além do cadastramento de 18 comerciantes locais que passaram a aceitar a moeda eletrônica do Banco Bem, o "Bem e-dinheiro".

A gerente do Procon Vitória, Herica Correa Souza, conta que o apoio ao projeto é a aplicação prática das políticas públicas de incentivo à formação de consumidores responsáveis e empreendedores, contribuindo para a construção de relações consumeristas mais humanas e justas.

Cidadania

"A Secretaria de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid) não só apoia esses projetos, como ergue bandeiras em prol de realizações que contribuem para dar mais dignidade, assegurar o exercício da cidadania e do direito humano ao consumo sustentável e a qualificação profissional", disse o titular da Semcid, Bruno Toledo.

Casa própria

A moradora de Andorinhas Adriana Stofel foi a primeira beneficiária do empréstimo habitacional. Há dois anos morando de aluguel, ela encontrou no Banco Bem de Perto a oportunidade de terminar a construção da casa própria e ter um lar para chamar de seu.

Com o empréstimo, foram realizados os serviços prioritários, como melhorias no acesso à residência, fechamento de vão existente com tijolos cerâmicos, reforma em escada metálica, serviços de reparos e acabamentos necessários, instalação de quatro janelas de esquadrias de alumínio e reboco em paredes.

Novo negócio

Já o comerciante Geraldo José de Oliveira pegou empréstimo na linha de Crédito Produtivo para investir em um novo negócio, uma fábrica de salgados. "Como eu já tinha equipamentos e espaço, o que faltava para eu começar esse novo negócio era o dinheiro para comprar matéria-prima. O empréstimo no Banco Bem de Perto me ajudou a comprar material e começar".

Oficinas

Com a ideia de criar e acompanhar uma Central de Compras entre comerciantes de Andorinhas, Santa Martha e Mangue Seco, o projeto já ofereceu 16 horas de oficinas de capacitação a empreendedores da região.

O ciclo de formação contou com temas como Vigilância Sanitária, Gestão Financeira, Formalização em Microempreendedor Individual, Direito do Consumidor e Aprendendo a divulgar o meu negócio pelo Whatsapp.

Para a gerente de Qualificação do Trabalhador da Semcid, Fabiana Oliveira, as formações são o caminho para que os cidadãos, consumidores, empreendedores e trabalhadores adquiram autonomia para o desenvolvimento de projetos viáveis e sustentáveis.

Morador de Mangue Seco, o comerciante Carlos Alberto dos Santos contou que o que aprendia nas oficinas colocava em prática em sua casa e no comércio. "As finanças do meu barzinho estavam desorganizadas, mas, depois das aulas, aprendi a colocar em ordem, separando as contas de casa com as do bar. No fim do mês está até sobrando dinheiro para investir no comércio", comentou emocionado.

Prêmios

Os comerciantes mais assíduos nas oficinas concorreram a nove "Prêmios de Empreendedorismo". Quem participou de, no mínimo, 80% das aulas passou por mais duas fases eliminatórias: a Banca Avaliadora, em que os comerciantes apresentaram seus empreendimentos, e avaliação na pesquisa de satisfação dos moradores sobre o seu comércio e boas práticas, como atendimento, produtos e higiene.

No fim, sete comerciantes ganharam prêmio de R$ 5 mil para investir em seus pequenos comércios

Segundo a coordenadora do Ponto Solidário, Geisiele Cassilhas, os bancos comunitários implantam estratégias que contribuem para aquecer as economias locais, estimulando o consumo local, o que fortalece os pequenos comércios e estimula o empreendedorismo.

"Só uma instituição financeira democrática, criada com o protagonismo da comunidade, pode ajudar a combater as desigualdades e promover a justiça social. Expandir essa tecnologia no município é essencial para colaborar com o desenvolvimento sustentável das comunidades", explicou.


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