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Alimentação saudável para crianças e idosos nos espaços da Assistência Social
Publicada em 24/04/2019, às 15h12
Por Paula M. Bourguignon, com edição de Matheus Thebaldi
Elas são conhecidas como fadas na culinária nos Centros de Convivência para a Terceira Idade (CCTI´s), nos Núcleos de Integração Social para Pessoa Idosa (Nispis) e nas unidades do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Caminhando Juntos (Cajun). As merendeiras e cozinheiras já conquistaram o paladar de todos.
Os Cajuns oferecem alimentação equilibrada para crianças e adolescentes. Os cardáprios são preparados para uma média de 1,2 mil atendidos.
Logo que iniciam as atividades, eles recebem alguma fruta ou vitamina. Na segunda refeição, eles almoçam ou jantam. São servidos sempre arroz, feijão, saladas variadas e alguma proteína.
"O meu principal tempero é o amor. Porque tudo que faço para eles (crianças e adolescentes) é com amor e carinho. Sou igual mãe deles aqui dentro", disse Celia Regina da Silva, cozinheira há seis anos no Cajun de Solon Borges
"Temos o controle nutricional no óleo e no sal. Usamos condimentos naturais e não usamos embutidos e fritura. Estimulamos eles a conhecer verduras, legumes e frutas. O que eles mais comem é salada crua", explicou a nutricionista Lizandra Schmidel.
Desperdício
"O nosso principal diferencial é oferecer para eles comida através do sistema self-service. Isso evita o desperdício de comida. Porque eles colocam no prato a quantidade que eles sabem que vão comer. Caso queiram repetir, é possível. Os Cajuns estão em áreas de vulnerabilidade social e garantimos, assim, que eles tenham pelo menos uma refeição completa durante o dia", disse a nutricionista Solange Moreira.
Autonomia
"Além do ato de comer, isso traz satisfação para crianças e adolescentes, socialização e expressão cultural. Em relação à alimentação saudável, conseguimos trabalhar na criança sua autonomia. No self-service, ela consegue se servir, colocar a quantidade que quer e isso estimula também sua autoestima", disse Anacyrema da Silveira Silva, coordenadora do Serviço de Convivência para Crianças e Adolescentes.
Alimentação regrada para idosos
Para agradar à terceira idade nos CCTI´s, é preciso fazer um bolinho caseiro, uma broa de fubá, uma rosquinha caseira e um chá. Às vezes, também constam no cardápio um quibe assado e uma polenta com carne moída. Os lanches sempre são servidos entre os intervalos das oficinas.
"Para os idosos, procuramos uma alimentação regrada, sem muito sal e açúcar. Alguns têm pressão alta e diabetes. Então, tentamos equilibrar o que é servido para eles", disse a merendeira do CCTI de Jardim da Penha, Poliana Andrade.
Merendeira do CCTI do Centro, Vanessa Antonio é um sucesso entre os idosos. A comida é tão boa que a educadora social de Artes Priscila Caldeira presenteou a merenderia com um avental. "É nosso jeitinho de cuidar de alguém que cuida tão bem dos nossos idosos. O cheiro dela invade a minha sala quando estou dando aula. Eles já ficam animados esperando a comida".
"Adoro tudo que é servido aqui, em especial, uma polentinha com carne moída, já que remete à minha infância em Colatina", disse Ivandro do Silva, de 64 anos.
"Tudo aqui é feito com muito capricho. Gosto muito dos bolos. O meu prato preferido é o quibe assado", comentou Eliza Batista Neves, 74.
Qualidade de vida
"Com o objetivo de promover uma alimentação balanceada para os idosos, procuramos manter lanches com valores nutricionais e aporte enérgico equilibrados. Durante a preparação das refeições, buscamos diminuir o açúcar simples (branco) e também o sódio. Acrescentamos alimentos ricos em vitaminas e minerais, carboidratos complexos (por exemplo, mandioca e banana cozida) e proteínas. Isso garante mais disposição para realizar as atividades nas oficinas, além de retornarem a seus afazeres diários com mais saúde e qualidade de vida", disse a nutricionista dos Serviços de Convivência para Pessoa Idosa, Raiane Pereira.
Convivência
"A oferta dos lanches diários também fortalece os momentos de convivência entre os usuários. É comum relatarem as memórias afetivas que muitos lanches proporcionam", explicou Penha Norbim, coordenadora dos Serviços de Convivência para Terceira Idade.
