Imprensa
Serviços da Assistência Social desfilam com bloco nas ruas de Vitória
Publicada em | Atualizada em
Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Mariana Santos

Se você faz o estilo dos "inimigos do fim" do Carnaval, prepare-se! No domingo (25), às 9 horas, os integrantes do Bloco da Convivência prometem brindar o público com um banho de cultura brasileira, com direito a capoeira, samba raiz, marchinhas e outras manifestações rítmicas que marcam a longa história de resistência e legitimação do povo negro.
O cortejo carnavalesco vai passar pela avenida Dante Michelini (do Banco do Brasil até o píer de Iemanjá) com encerramento previsto para as 11h30.
O bloco será puxado por trabalhadores do Sistema Único da Assistência Social (Suas) de Vitória, que atuam nas 21 unidades de atendimento do serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças, adolescentes, adultos e idosos da Secretaria de Assistência Social de Vitória e usuários desses serviços.
Esta é a primeira vez que o bloco vai para rua, o que está gerando muita expectativa, animação e movimentando as oficinas realizadas nos Centro de Convivência. As alegorias e adereços estão sendo produzidas por crianças, adolescentes, adultos e idosos atendidos nos serviços sob a orientação dos oficineiros e educadores sociais que atuam nos espaços.
O bloco terá cinco alas coreografadas representando desde a puxada de rede até o samba de roda, símbolos da identidade brasileira, além de uma ala "pipoca" que irá trazer representações das atividades desenvolvidas nesses espaços.
Para não atravessar o samba-enredo, os(as) trabalhadores(as)- ritmistas estão fazendo ensaios técnicos, afinando os instrumentos e os(as) trabalhadores(as)-intérpretes estão esquentando a voz para o grande dia. Na manhã desta terça-feira (20), no Centro de Convivência Romão, o grupo fez mais uma passagem do som e ensaio do samba de autoria do capixaba Eduardo Martins.

O que parecia uma brincadeira está ganhando contornos e plasticidade das grandes agremiações carnavalescas conquistando o direito de levar para avenida mestre Wellington Thomaz, de 11 anos, e a porta-bandeira Ana Júlia Machado, 10, "profissionais do samba". A dupla participa de atividades no CC Romão e é ensaiada pela Escola de Samba Unidos de Barreiros dentro do projeto Coletivo do Samba ligado àquela agremiação.
O oficineiro de capoeira Cromado contou que a ideia de montagem do bloco nasceu de uma conversa dele com a gerente dos serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), Cristina Silva, mas que foi ganhando forma com o apoio e adesão de todos os demais profissionais dos CC. "O tema capoeira exalta a cultura negra, além de ser uma linguagem de valorização do serviço de convivência e dos usuários dos nossos espaços", comentou o capoeirista.

A gerente Cristina destacou que a proposta do Bloco da Convivência é de promover de forma ainda mais intensa o que é trabalhado dentro dos CC: o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. "Unir os trabalhadores e atendidos de todos os serviços num mesmo ritmo de valorização dessa a herança negra", disse Cristina.
Para a secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, a Assistência trabalha para garantir direitos e fortalecer vínculos familiares e comunitários. "Para muitas dessas famílias o Carnaval conta a história da cidade, das pessoas e de suas relações. Com grande entusiasmo iremos apresentar o Serviço de Convivência para quem estiver na praia de Camburi no próximo domingo", avisou a secretária.