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Restaurante Popular é referência e garantia de nutrição e alimentação segura a famílias da capital

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Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


  • Erradicação da pobreza
  • Fome zero e agricultura sustentável
  • Redução das desigualdades
  • Paz, justiça e instituições eficazes

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Camila Silva dos Santos e os filhos no Restaurante Popular
Camila Silva dos Santos e os filhos no Restaurante Popular

Desde a abertura do Restaurante Popular de Vitória muitas famílias se tornaram frequentadoras assíduas do local, que se tornou referência e garantia de alimentação segura e balanceada para a população da capital

Uma delas é a auxiliar de serviços gerais Camila Silva dos Santos e os filhos de 11 e 12 anos. Moradora do bairro Forte São João e trabalhando na região da Ilha de Santa Maria, ela contou que desde a abertura do restaurante espera os filhos na saída da Escola Padre Anchieta (localizada na região) e de lá vão juntos para o restaurante popular. "Estou achando ótimo. Antes, pelo menos, uma vez na semana comprava marmita na região pelo valor de R$ 25,00. Com este mesmo valor sei que posso almoçar oito dias no restaurante popular", revelou ela.

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Virgínia Neves com seu filho no Restaurante Pupular
Virgínia Neves com seu filho no Restaurante Pupular.

Camila disse que é inscrita no CadÚnico e, como os filhos têm idade igual e inferior a 12 anos, tem gratuidade, no acesso às refeições garantidas no restaurante popular. Isso faz com que o custo diário seja de apenas R$ 3,00 por refeição. "Isso vai trazer uma redução nas despesas com alimentação da família, mesmo a gente vindo só no almoço", disse ela.

A auxiliar de serviços gerais disse que o restaurante popular traz ainda a oportunidade de almoçarem juntos todos os dias, fortalecendo a relação entre eles, além de um alívio nas obrigações domésticas. "Só preciso abrir o fogão à noite. Meus filhos fazem o desjejum na escola e, lá, também, recebem o café da manhã. Quando saem com fome já paramos aqui para almoçar", complementou Camila.

Pela primeira vez no Restaurante Popular, a dona de casa Virgínia Neves, mãe solo de um filho com Transtorno do Espectro Autista (TEA), disse que vai virar freguesa. "Por três reais vale a pena comer, toda vez que estiver no centro da cidade", comentou. Moradora de Santo Antônio, Virgínia disse que o restaurante popular veio para contribuir para que as famílias diminuam as despesas com alimentação e, mesmo assim, tenham acesso a uma comida de qualidade.

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Rosalba Rosana no restaurante Popular
Rosalba Rosana no Restaurante Popular.

"Muita gente deve ter preconceito de comer aqui. Mas a comida aqui é boa. Tem sabor. Vale muito a pena, ainda mais no meu caso que vivo na correria", ressaltou Virgínia. A dona de casa disse que a correria se deve às inúmeras terapias às quais tem que levar o filho em diferentes cidades da Grande Vitória. "Moro em Santo Antônio, meu filho estuda na Ilha do Príncipe. Sem falar no dia que consigo um freelancer de atendente, aí tenho que deixar meu filho com minha mãe para ir trabalhar", relatou ela.

"Na minha casa não tem nada. Não tem geladeira nem fogão. Só tenho um mergulhão (um aparelho de imersão que transforma energia elétrica em térmica para ferver ou esquentar líquidos) que uso para fazer miojo (macarrão instantâneo). Não tenho emprego. Não tenho mais família aqui. Vim cuidar do meu pai, mas ele faleceu. Moro na casa que era dele. Só tenho um teto mesmo", descreveu Rosalba Rosana.

O coordenador do Restaurante Popular, Aurino Moraes de Souza, reconhece o papel do Restaurante Popular para além da garantia da segurança alimentar e nutricional das famílias. "Estamos percebendo a quantidade de grupos de familiares, vizinhos e colegas de trabalho se encontrando na hora do almoço. Isso tem feito do restaurante um espaço de socialização. Ao percebermos isso, colocamos uma música para deixar o ambiente ainda mais acolhedor, criando uma conexão entre a comunidade e o nosso equipamento", disse Aurino.

Ao saber dos relatos, a secretária de Assistência Social, Soraya Mannato, destacou o impacto social da reabertura do Restaurante Popular de Vitória. "O restaurante vem preencher o importante papel de facilitar o acesso à alimentação dos moradores da cidade. Esta é mais uma ação de combate à fome que implementamos no município e não vamos parar por aqui", garantiu a secretária.