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Mulher que dá nome ao Cras Continetal lutava por direitos de crianças e famílias

Publicada em 02/06/2023, às 17h30

Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


  • Erradicação da pobreza
  • Saúde e bem-estar
  • Redução das desigualdades
  • Paz, justiça e instituições eficazes

Foto Divulgação
Adriana dos Santos Alves dá nome ao Cras Inhanguetá
Adriana dos Santos Alves, que dá nome ao Cras Continental, lutou por direitos de crianças e famílias. (ampliar)

Que os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) de Vitória são a porta de entrada para os atendimentos em Assistência Social não é uma novidade para muitas pessoas. Então, dar o nome de Adriana dos Santos Alves ao Cras do Território Continental foi uma forma de ratificar este espaço como lugar de acolhida e acesso a direitos, já que dona Adriana ou Vó Adriana, como era chamada por muitas pessoas, representava tudo isso.

Dona Adriana (1921 - 2004) nasceu em Baixo Guandu, mas desde a década de 1980, Vitória tornou seu lugar de residência e atuação em defesa de direitos básicos das famílias, em especial, crianças e gestantes.

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Adriana dos Santos Alves dá nome ao Cras Inhanguetá
Adriana dos Santos Alves (ampliar)

Católica, Adriana ajudou a construir a Igreja Católica São José Operário, onde atuava na Pastoral da Criança.
Nas lembranças da filha Tarcila Alves Ramos da Silva, dona Adriana era aquela que socorria todos que a procuravam e uma fala comum da mãe era: "orar sempre . Orava pra fazer uma comida, orava pra levar no médico".
Esse jeito de Adriana rendeu muitas homenagens a ela, como o Jubileu de Prata do Grupo de Oração Ovelhas de Jesus, feito pela Comunidade de São José Operário.

Dona Adriana era viúva, tinha nove filhos, dos sete que ainda estão vivos quatro residem na região de Maria Ortiz. "Em Maria Ortiz, morávamos na Rua Professora Cecília Meireles. No bairro, ela logo se envolveu nas atividades da comunidade", contou a filha Tarcila.

Tarcila lembrou que a mãe fez cursos de capacitação em ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania para ser liderança da pastoral. Atuante e voluntária da missão de levar vida em abundância às gestantes, crianças e famílias da sua comunidade", lembrou a filha. Dona Adriana mantinha com orgulho os certificados dos cursos, principalmente, a capacitação realizada pela Pastoral da Criança - Organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos - assinado pela falecida Dra. Zilda Arns Neumann (1934-2010), uma médica, pediatra e sanitarista brasileira e irmã de Dom Paulo Evaristo Arns.

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Adriana dos Santos Alves dá nome ao Cras Inhanguetá
Adriana dos Santos Alves (ampliar)

Para a coordenadora do Cras Continental, Juliana Moura, o nome de dona Adriana conta a história do território, mostra as potencialidades das famílias que habitam na região e fortalece o vínculo do espaço com a comunidade local. "Com o nome no Cras mantemos a memória viva de uma pessoa que foi e é uma referência para as famílias do território. Além de ser uma expressão de acolhida do Cras e incentivo a ações solidárias e de apoio e de fortalecimento da comunidade em que vivem", disse ela.

Para secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, destacar o nome de uma moradora num espaço como é o Cras  é chamar atenção para as potencialidades que existem em cada território da Assistência Social. "Os nossos territórios são cheios de potências. Ao destacarmos uma delas, nomeando este equipamento público, estamos destacando que o Cras se faz das ricas histórias de famílias existentes nesses territórios e por isso a homenagem é tão honrosa", destacou.


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