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Grupo de idosas acompanhadas pelo SAD visitam Fonte Grande

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Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de SEGOV/SUB-COM


  • Erradicação da pobreza
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Foto Divulgação
Grupo de idosas acopanhadas pelo SAD visitam Parque da Fonte Grande
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Grupo de idosas acopanhadas pelo SAD visitam Parque da Fonte Grande

O Parque da Fonte Grande foi o cenário escolhido para um encontro pra lá de especial com o grupo formado pelas munícipes acompanhadas pelo Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio Para Pessoa Com Deficiência e Pessoa Idosa  (SAD), dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) São Pedro I e II. A ação contou com um bate papo sobre a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), em celebração ao dia Nacional de Luta pelos Direitos da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro. 

As munícipes fazem artesanatos produzidos com "fuxico", técnica de costura à mão que utiliza retalhos de tecido para criar flores e outros enfeites, que são alinhavados e franzidos, formando uma pequena trouxa, e , por isso, foram carinhosamente apelidadas de "as fuxiqueiras de São Pedro".

O grupo foi acompanhado por uma equipe do SAD, composta pela assistente social Michele Cristina Santos Morethzson, pelos educadores sociais Ana Carolina da Silva Valadares e Thompson Matheus e a assistente social do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif) do Cras São Pedro II, Solange Correia Valentim.

Michele explicou que a proposta é levar mais informação para o grupo com uma atividade especial, reforçando a importância da cidadania e do protagonismo social. Após o diálogo, os usuários puderam visitar o mirante e contemplar as belezas da cidade, vivenciando momentos de lazer, convivência e valorização da vida. A experiência foi marcada por aprendizado, troca e encantamento. "Muito se fala que conhecimento é poder, então queremos empoderá-las com conhecimento dos seus direitos, promover a autonomia, a dignidade e potencializar a participação e inclusão social", comentou ela. 

A assistente social ressaltou que a atividade faz parte do processo de promoção da autonomia do grupo atendido pelo SAD: "ao conhecerem seus direitos, as pessoas idosas e com deficiência têm mais condições de agirem na busca por direitos".

Convicência

Para Eva Severina de Almeida, de 65 anos, uns dos melhores direitos são ao lazer e a convivência social. Ela contou sua história com o SAD. "Estou há quase três anos no serviço e foi ela (apontando para a educadora social Ana Carolina) que me fez sair do isolamento social. Ela chegou e me trouxe esperança, dias melhores", contou.

 "Quero realizar o sonho de voltar a estudar. Parei aos nove anos de idade, mas não tinha aprendido nada, sabe? Trabalhei, criei meus três filhos sozinha. Eles estudaram. Todos concluíram o Ensino Médio, mas eu não tive condições", revelou Eva.

Terezinha Carvalho Ferreira, 73, ao ser questionada se havia gostado da atividade disse que desde que começou a ser acompanhada pelo SAD vive bem melhor. "Participo de tudo que me convidam. Com eles (equipe do SAD) conheci coisas que nunca tinha tido oportunidade, como este parque", comentou. 

Moradora de Nova Palestina, bairro que fica distante apenas sete quilômetros do parque, Terezinha disse que por 11 anos esteve "trancada" no quintal, cuidando da mãe e, após o falecimento dela, ocorrido a exatos 3 anos e seis meses, sofreu três AVCs(Acidente Vascular Cerebral). "Esqueci de tudo. Agora, estou melhorando. Não gosto de remédios. O meu remédio é comer e sair de casa. E isso estou tendo graças ao SAD", comentou sorridente. 

Para Ireni Fernandes Babilon, 62, que sofre com dores crônicas nas articulações dos joelhos, nos dias de passeio as dores somem. "Esqueço a dor. Hoje, por exemplo, quando chegar em casa vou tomar banho e cama. Gosto de sair, mas não tenho ninguém só a companhia do SAD. Então, aproveito. Eles (equipe do Sad) são minha injeção de ânimo. A chegada deles na minha casa deixou tudo mais tranquilo", afirmou Ireni.

O Serviço

O SAD é composto por uma equipe de referencia onde inclui atualmente um técnico em Serviço Social, um técnico em Psicologia e um educador social. Em um primeiro momento, é feita uma acolhida no domicílio explicando as atividades realizadas. Depois, o educador planeja as atividades a serem realizadas com o objetivo de fortalecer os vínculos familiares, comunitários e trabalhar a rede de acesso a direitos. Em suma, a equipe de referência busca realizar no domicílio um trabalho social  com foco nas usuário e em suas características e necessidades pessoais, desempenhando assim um Serviço complementar ao Paif, que é o principal serviço do Cras.

A gerente de Atenção à Família, Juliana Moura, explicou que o objetivo do serviço é garantir a dignidade desses indivíduos, estimular níveis de autonomia dos sujeitos, prevenir situações de risco, e de isolamento social e complementar o trabalho social com famílias realizado pelos profissionais da administração municipal no âmbito do Sistema Único de assistência social (Suas). 

Desde sua implantação, o SAD já realizou 6.899 atendimentos individualizados, sendo 5.245 voltados a pessoas em acompanhamento contínuo. Atualmente, 230 pessoas recebem atendimento ativo, somando mais de 520 beneficiados desde o início das atividades. Entre elas, 161 são famílias unipessoais; 121 pessoas idosas com 80 anos ou mais; e 253 possuem algum tipo de deficiência ou baixa mobilidade.

O Cras desempenha papel essencial na rede socioassistencial, sendo a porta de entrada para serviços, benefícios e programas que garantem direitos e fortalecem vínculos familiares e comunitários. No caso do SAD, o atendimento é realizado diretamente na residência, priorizando pessoas em situação de vulnerabilidade social que tenham dificuldade de locomoção ou em situaçao de isolamento.

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Grupo de idosas acopanhadas pelo SAD visitam Parque da Fonte Grande
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