O projeto "Brincar, Respeitar e Valorizar: A Infância na Diversidade", desenvolvido pela Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Anísio Spínola Teixeira, localizado no bairro Resistência, tem o objetivo de promover vivências que valorizam a cultura afro-brasileira, incentivam o respeito à diversidade étnico-racial e fortalecem a identidade das crianças. A iniciativa busca criar espaços de reconhecimento, pertencimento e protagonismo desde a Educação Infantil.
Como culminância do projeto, foi realizada a exposição "Infâncias na Diversidade", que apresentou produções artísticas e registros das vivências das crianças. A mostra destacou o respeito às diferenças, a valorização da identidade e o protagonismo infantil, evidenciando o compromisso do Cmei com uma educação inclusiva e afirmadora de direitos. Durante o mês de outubro e novembro, a mostra está exposta na Secretaria de Educação de Vitória (Seme), localizada no bairro Itararé.
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Durante o processo, as crianças conheceram histórias, brincadeiras tradicionais, ritmos, lendas e expressões culturais dos povos indígenas e africanos, ampliando seu repertório cultural e desenvolvendo novas formas de interação e criação.
As professoras de Educação Física Rafaela Corrêa Mattos e Adrienie Augusto Gomes prepararam uma apresentação com os Grupos 5 e 6 (turno matutino), intitulada "Herança que Dança", que celebrou a riqueza da cultura afro-brasileira por meio da dança, da capoeira e das expressões corporais.
Para a professora Rafaela, toda a escola se envolveu profundamente no trabalho. "Trabalhamos dança, capoeira, brincadeiras tradicionais e discussões sobre questões raciais. É muito importante que as crianças tenham contato com essa reflexão desde cedo, para que se reconheçam e se empoderem enquanto parte dessa história. A identidade afro-brasileira precisa ser desenvolvida na Educação Infantil", destacou.
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A professora Adrienie reforça que o processo também foi formativo para toda a comunidade escolar. "Muitas pessoas têm dificuldade em compreender que o Brasil é formado pela miscigenação e que grande parte da nossa cultura tem origem africana. Ao trabalhar dança, capoeira e outras expressões afro-brasileiras, mostramos às crianças que há história, resistência e identidade nesses movimentos. O projeto foi muito significativo e conseguimos alcançar nossos objetivos de forma lúdica, sensível e potente", afirmou.
Para a pequena Ana Luiza Morais, do Grupo 6, a experiência foi especial. "Eu gostei muito dos ensaios, das pinturas e principalmente da capoeira. Também gostei das músicas. Na apresentação eu fiquei um pouquinho nervosa, mas foi muito legal. Aprendi várias coisas novas", contou.