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Ensinamentos do jiu-jitsu são repassados a usuários do Centro Pop
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Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


O faixa preta de de jiu-jitsu, Odilon Mariz de Lima, esteve no Centro de Referência para Pessoa em Situação de Rua (Centro Pop) Centro ministrando oficina para os participantes de atividades no local. Em seu currículo, Odilon acumula títulos como professor de jiu jitsu e defesa pessoal para policiais, professores de artes marciais e para a população em geral.
O atleta explicou que a iniciativa visa ofertar ferramentas de autodefesa, com foco especial na proteção de mulheres e idosos em situação de vulnerabilidade, públicos que mais se beneficiam dessas técnicas em face de potenciais riscos.
"Ensinar a arte das lutas marciais vai além do aspecto da segurança, a prática esportiva é uma potente aliada para a saúde mental e física do ser humano. A prática contribui para o que chamamos de redução de danos e o bem-estar geral. Acreditamos no esporte como agente transformador e de fortalecimento", enfatiza Odilon.
"A atividade esportiva estimula disciplina, autoconfiança e foco, e ensina a lidar com frustrações e desafios, promovendo a socialização, o respeito e valores como honestidade e humildade. O trabalho feito com os PSR está sendo ativo e muito produtivo, com nossa aula eles conseguem superar desafios e conquistar objetivos no tatame para vida. Aumentando a autoconfiança e inclusão deles!! Aprendem a seguir regras e a ter controle sobre as próprias ações e emoções, promovendo a resiliência", acrescentou a oficineira titular Nathalia Carvalhaes.
Ensinamentos esses que Wagner Caetano Santos, de 43 anos, pretende levar adiante. Ele disse que a oficina de jiu-jitsu com um atleta de renome como o Odilon agregar ainda mais às atividades já praticadas no dia a dia do Centro Pop. "O jiu-jitsu ensina perseverança, a se superar. Ensina uma filosofia de vida diferente. Isto ficou muito marcante para mim. O ambiente do esporte é mais agradável, feliz e de interação. E ter um voluntário com uma grande bagagem de experiência traz mais diversidade e um novo olhar para nós. ", comentou.
Poliana de Jesus Costa, de 41 anos, passou os três últimos participando de atividades no Centro Pop. Ela revelou que as oficinas de jiu-jitsu são boas para acalmar a mente. "Eu gosto das aulas da nossa oficineira Natália, porque são mais do que aula são uma demonstração de preocupação com o nosso bem-estar. Ela sempre pergunta, antes de tudo como estamos; como passamos a noite; como estamos nos sentindo naquele momento. Isso já deixa nosso dia diferente", afirmou.
Partceria
A coordenadora técnica do Centro Pop Centro, Danielle Solano, disse que parcerias como a estabelecida com o professor Odilon têm um impacto muito positivo nos munícipes que frequentam o local. "O professor compartilhou sua expertise em uma arte marcial que promove disciplina, autoconfiança e resiliência e, também, ofereceu valiosas orientações sobre defesa pessoal. Para a população em situação de rua, que muitas vezes enfrenta vulnerabilidades específicas, ter acesso a essas ferramentas é um ganho imensurável em termos de segurança e empoderamento", avaliou a coordenadora.
A secretária de Assistência Social de Vitória, Soraya Mannato, ressaltou que reconhece o poder das atividades esportivas como agente de reinserção social e de construção da autoestima. "Os ensinamentos vão além das habilidades físicas. O esporte fortalece o senso renovação, vínculo, pertencimento e propósito", comentou a secretária.
Panorama
Em abril de 2025, mais de 335 mil pessoas viviam em situação de rua no Brasil, com o Ministério dos Direitos Humanos registrando mais de 10 mil violações e casos de violência contra essa população no primeiro semestre de 2024. A violência mais comum é a física, mas também incluem violações dos direitos sociais.
De acordo com o levantamento do MDH, o perfil da vítima mais frequente é de homens negros, mas os casos de violência contra mulheres são expressivos e têm crescido, especialmente mulheres trans. No primeiro semestre de 2024, o Brasil registrou 10.198 casos de v

