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Educadores sociais transformam vidas e elevam autoestima de jovens na capital

Publicada em 02/07/2019, às 15h34 | Atualizada em 03/07/2019, às 18h20

Por Paula M. Bourguignon, com edição de SEGOV/SUB-COM


Paula M. Bourguignon
Personagem educadora social do Odomodê Vivian
Vivian é educadora social no Núcleo Afro Odomodê, no Morro do Quadro

Os educadores sociais dos serviços da Prefeitura de Vitória buscam entreter os jovens e fortalecer a convivência familiar e comunitária deles, além de promover oficinas educativas e criativas.

Durante as atividades, esses profissionais conversam e refletem sobre relacionamento em casa e na sociedade, mercado de trabalho e questões raciais. 

Vivian da Cunha

Aos 18 anos, Vivian da Cunha iniciava como aluna do Circuito Cultural, que oferece oficinas de música, teatro, dança, artes plásticas, vídeo, fotografia, desenho, literatura e capoeira. Há dois anos, esteve como aluna e atuou no administrativo do Centro de Referência da Juventude (CRJ).

Isso a motivou a ir além: "No Circuito Cultural, fiz oficinas de tudo um pouco. Já no CRJ, vi que era isso que eu queria para a minha vida. Trabalhava no administrativo, mas sempre que tinha um tempo ajudava também na oficina de danças urbanas. Isso foi me motivando cada vez mais", disse Vivian, que está com 30 anos.

Ela é formada em Administração e fez o curso de dança contemporânea na Escola Técnica de Teatro, Dança e Música Fafi. Atualmente, é educadora social no Núcleo Afro Odomodê, no Morro do Quadro, atendendo jovens de 15 a 29 anos.

O espaço, que é gerenciado pela Secretaria de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid), desenvolve atividades para sensibilizar e mobilizar os jovens na luta contra o racismo e valorização da cultura negra.

"Ser educadora social é maravilhoso. É poder resgatar um pouco da história e contribuir para os jovens se descobrirem e ajudar para que eles encontrem o seu próprio caminho. É uma recompensa diária porque eu também vim de projeto social. Hoje, sou uma artista e educadora social por conta dessas atividades e de pessoas que me ajudaram a descobrir esse caminho e esse talento. Fazemos a diferença quando contamos a nossa história, do nosso cabelo e da nossa vida, e eles podem se apropriar disso e querer mudar o mundo como nós", comentou Vivian.

Kleber Marins
Paula M. Bourguignon
Personagem educadora social do Projovem Kleber atualizado
Kleber é educador social do Projovem do Cras de Maruípe

Há 10 anos como educador social do Projovem, Kleber Rodrigues Marins, formado em Biblioteconomia e prestes a se formar em Letras/Português, ambos cursos pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), ele, que está com 33 anos, atua no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Maruípe e conta como é trabalhar com a juventude:

"Queremos despertar nos jovens a consciência de reflexão e como devemos agir numa sociedade preconceituosa, racista, machista e homofóbica. Por isso, o papel do educador social é garantir o acesso à cultura, à informação e aos direitos negados a essa juventude tão marginalizada. Queremos educar com responsabilidade e criticidade sempre", disse Kleber Marins.

As atividades desenvolvidas no Projovem, que também é um serviço da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), visam contribuir para a prevenção do uso de drogas, da violência entre os jovens, da incidência de doenças sexualmente transmissíveis e de gravidez não planejada, atendendo jovens de 13 a 17 anos.

"O trabalho faz total diferença na vida deles e nas nossas vidas. Aprendemos com os adolescentes, trocamos de papel a todo momento. Eles trazem o que sabem e eu, as minhas vivências", explicou Kleber.

Kleber realiza suas atividades alinhado com Josiane Gundim Santos, assessora técnica dos Serviços de Fortalecimento de Vínculos do Projovem do Cras de Maruípe e Santa Martha.

Natanael de Souza

Natanael de Souza, de 35 anos, iniciou como educador social do Centro de Referência da Juventude (CRJ), em 2008, e está cursando Artes Visuais na Ufes.

"Nós, educadores, temos um papel de fortalecimento dos vínculos entre os jovens e as famílias. Buscamos também entender por que, muitas das vezes, esse jovem é discriminado pela sociedade, seja pela cor e por onde ele mora. Nosso trabalho tem como princípio levantar a autoestima e antecipar qualquer tristeza dele, já que acreditamos no seu potencial", disse Natanael de Souza, que é educador social do Projovem da Praia do Canto.

Ele trabalha em parceria com Katiucia Santana, técnica dos Serviços de Fortalecimento de Vínculos do Projovem do Cras da Praia do Canto.


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