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Coronavírus: reflexão sobre enfrentamento a violência sexual e trabalho infantil
Publicada em 16/04/2020, às 09h10
Por Paula M. Bourguignon, com edição de Matheus Thebaldi
Com o objetivo de conscientizar familiares e comunidade sobre o enfrentamento ao abuso sexual contra crianças e adolescentes e ao trabalho infantil, a Secretaria Municipal de Assistência Social, através do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), está distribuindo revistas e informes sobre a temática durante as ações de entrega de cestas básicas para famílias em vulnerabilidade social na capital.
As revistas são fornecidas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e têm como temas: "Avenida Araceli. Diga Não à Exploração de Crianças e Adolescentes" e "Trabalho Infantil Doméstico". Também estão sendo entregues materiais do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e do Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil (Feapeti).
São histórias em quadrinhos para retratar ações de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. Já foram distribuídas 2,5 mil revistas junto com as cestas básicas nos pontos de entrega dos alimentos na capital.
Anexa à cesta, está sendo enviada esta mensagem:
#A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA
Vamos proteger nossas crianças e adolescentes:
ATENÇÃO Contra o Trabalho Infantil, Abuso e Exploração Sexual
Fique de olho,
DENUNCIE!
"É uma iniciativa da Gerência de Média Complexidade (GMC), dos Centros de Referências Especializados de Assistência Social (Creas) e do Peti e tem como objetivo chamar atenção das crianças sobre essas violações para que possam compreender, contar para alguém e até reagir denunciando. A ideia é que os demais Petis da Região Metropolitana também façam essa divulgação. Além disso, colocamos nas cestas comunicados para a comunidade sobre a exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes", disse o referência técnica do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) da Semas, Thauan Pastrello.
Ele ponderou que, por conta do período de isolamento, é registrada uma expansão da violência doméstica e do abuso sexual. "A suspensão temporária das aulas é um fator que expõe nossas crianças a essa violação. Por isso, a importância de tratarmos desse assunto e de estimular as denúncias. Encontramos na distribuição das cestas um canal de comunicação com a comunidade em tempo de isolamento social. Além da garantia à segurança alimentar, conseguimos tratar de outras violações de direitos sociais. Por isso a utilização da poesia 'A gente não quer só comida', são necessárias a garantia e a proteção de crianças e adolescentes para terem acesso a diversão e arte, como continua o poema".
Denúncias
Caso alguém presencie ou seja vítima de alguma violação, deve acionar o Disque 100.
Os três Conselhos Tutelares de Vitória também estão atuando em regime de prontidão por telefone durante a pandemia de coronavírus:
Conselho Tutelar do Centro: 98818-4435 e 98875-1705
Conselho Tutelar Continental: 99941-8202 e 99766-6236
Conselho Tutelar de Maruípe: 98818-4511 e 98818-4524.