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Centro de Convivência do Centro oferta oficina de memória

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Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


  • Erradicação da pobreza
  • Saúde e bem-estar
  • Redução das desigualdades
  • Paz, justiça e instituições eficazes

O ditado popular que diz: "mente sã, corpo são", originado da expressão latina "Mens sana in corpore sano", do poeta romano Juvenal, resume bem o que acredita a equipe do Centro de Convivência do Centro de Vitória. Com base na premissa, o espaço promove oficinas de memória, voltadas a pessoas idosas que participam dos encontros de grupo no local. Na manhã desta quarta-feira (8) ocorreu mais um deles, atraindo uma boa parcela das pessoas que frequentam o espaço.

Entre elas estavam Rozanira Santos de Souza, de 76 anos, e Marinete Francisca do Rosário, 68. Rozanira disse que entrar no Centro de Convivência foi a melhor coisa que aconteceu em sua vida, nos últimos anos, devido a oportunidade de participar das atividades promovidas, com destaque para a oficina de memória.

A afirmação tão categórica serviu de base para falar sobre o impacto das ações desenvolvidas no local em sua vida. Rozanira fez questão de relatar uma parte da sua história. "Hoje, até palavras cruzadas faço", começou. Mas, o impacto positivo vai além, ela disse que durante anos vivia, praticamente, trancada em casa. Mas a situação mudou.

"Antes, a gente morava em outro município e minha filha não deixava eu sair por medo. Depois que mudamos para Vitória, comecei a participar das atividades aqui, dos grupos e das oficinas. Hoje, saio para onde quero. Aqui, ganhei convivência, apoio dos grupos, fiz amizade e tenho autonomia", relatou Rozanira.

Em tom de brincadeira, dona Rozanira disse ainda que quando jovem dava trabalho para a mãe, agora, dá trabalho para a filha. "Sempre fui rebelde. O problema é que não levo o celular quando saio. Só levo um pedaço de papel com o meu endereço. Muitas vezes eu me junto com umas amigas e a gente 'foge' para passear na cidade, fazer compra de tecidos. E se encontro outra idosa no caminho convido para participar do Centro de Convivência", falou gargalhando.

Marinete Francisca também é só elogios para as oficinas de memória. "A oficina me mantém ativa. Me sinto muito bem aqui dentro, me sinto em casa. Saio das oficinas mais leve, mais feliz", garantiu ela.

A coordenadora do Centro de Convivência do Centro, Karine Juvêncio, explicou que as oficinas de memórias focam no impacto da Memória na saúde mental da pessoa idosa. "A gente entende que o corpo e a mente tem de estar em equilíbrio. As atividades são planejadas de forma a contribuir positivamente na qualidade de vida da pessoa idosa, na construção de sua autonomia, fortalecimento de vínculos e convivência familiar e comunitária", comentou ela. As oficinas ocorrem três vezes por semana.

A secretária de Assistência Social, Soraya Mannato, reforçou o papel dos Centros de Convivência de promoção da autonomia, da socialização e do fortalecimento de vínculos comunitários e familiares por meio de atividades em grupo. "Estes espaços atuam preventivamente, visando reduzir o isolamento e a exclusão, e visam desenvolver a identidade e o pertencimento dos munícipes aos territórios da cidade. ", ressaltou.