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CCTI do Centro promove oficina de fotografia no celular para pessoas idosas
Publicada em
Por Paula M. Bourguignon, com edição de Matheus Thebaldi


Aos 64 anos, Rosângela Belchior Motta redescobriu a paixão pela fotografia no Centro de Convivência da Terceira Idade (CCTI) do Centro. "Meu avô e meu pai sempre foram apaixonados por fotografia. Hoje estou tendo a oportunidade de reviver isso. Amo fotografia. Meu celular deve ter milhares de imagens. Caminho e ando pelas ruas do Centro e nunca tenho hora de chegar em casa porque sempre paro para olhar e fotografar a natureza", disse.
Além dela, mais 17 pessoas idosas participam da "Oficina do Olhar", que é uma oficina de fotografia no celular oferecida em parceria com o Museu de Artes do Espírito Santo "Dionísio Del Santo" (MAES) e a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), cuja atividade é ministrada pelo instrutor Marcelo Siqueira.
Aperfeiçoar
"Eu decidi fazer a oficina de fotografia para poder usar bem o celular. Não podemos parar no tempo. Temos que evoluir conforme a tecnologia evolui", disse Maria Eugênia M. de Oliveira, de 78 anos.
Aulas
Nas aulas, as pessoas idosas aprendem técnicas de iluminação, enquadramento, profundidade, contraste e a parte prática da foto nos celulares. Registram o seu cotidiano nos pontos turísticos e as particularidades das ruas do Centro. Na próxima semana, vão fotografar as próprias famílias.
Recordação
"Com a oficina de fotografia nos celulares, os idosos aprendem a tirar fotos de pontos turísticos de Vitória e de seus familiares. Assim conseguem guardar de recordação. Diariamente, eles andam com seus aparelhos, e isso é algo inovador para eles. Fortalece também o aprendizado deles e os relacionamentos com os familiares e amigos", afirmou o educador social de informática Lucas Fortuna.


Olhar
"A nossa ideia é que as pessoas idosas possam fazer a oficina não para virarem fotógrafos profissionais, mas para olharem para o dia a dia de uma forma diferente, começar a prestar atenção no que é bonito por onde passam e onde vivem. Temos tanta beleza aqui em Vitória, nos bairros e nas suas próprias casas. Eles estão aprendendo isto: a olhar diferente e valorizando tudo que eles têm de mais bonito", explicou o instrutor Marcelo Siqueira.
Memória
"A oficina tem como objetivo inserir esses idosos no mundo da tecnologia. A fotografia é um recurso que eles não tiveram acesso quando eram jovens. Outra importância é eles aprenderem a usar o celular como um recurso tecnológico, estimulando também o raciocínio lógico e as funções cerebrais, além de aprimorar o olhar artístico e a sensibilidade. Outra particularidade da oficina aqui no CCTI é fazer a memória e o resgate histórico e arquitetônico do Centro de Vitória. Muitos deles nasceram, cresceram e viveram nas ruas do Centro. Então eles viram essas transformações urbanas da região", destacou o coordenador do CCTI do Centro, Paulo Cassa.
Exposição
O resultado do trabalho fotográfico das pessoas idosas do CCTI do Centro será em uma exposição na reabertura do Museu de Arte do Espírito Santo, em dezembro.

