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Carnaval: bloco da Semcid conscientiza sobre folia sem assédio às mulheres
Publicada em 16/02/2020, às 00h45
Por Paula M. Bourguignon, com edição de Matheus Thebaldi
A Secretaria Municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid) colocou o bloco no Sambão do Povo, neste sábado (15), para chamar atenção para a violência contra a mulher. A apresentação da campanha educativa "Carnaval Sem Assédio - Não é Não" aconteceu entre as escolas Jucutuquara e Mocidade Unida da Glória (MUG).
Os integrantes do bloco eram servidores da Semcid, além de pessoas da sociedade civil, OAB-ES e Defensoria Pública. Além disso, o grupo Batuquedelas comandou os instrumentos e alertou o público sobre a violência contra a mulher durante o Carnaval.
Os componentes do bloco levaram para a passarela do samba faixas e cartazes. Panfletos com informações sobre a rede de enfrentamento à violência contra a mulher em Vitória também foram entregues ao público.
Para o secretário de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho, Bruno Toledo, a ideia da campanha é fazer com que as mulheres possam curtir a folia sem serem vítimas de violência. "A importância é ser um passo na construção de uma nova cultura, uma cultura de respeito às nossas mulheres. A campanha é um instrumento de conscientização durante o período de folia, que é quando as mulheres ficam ainda mais expostas à violência", explicou.
Segundo a subsecretária de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho, Renata Freire Ferreira Batista, a ação mostra para o público que a mulher deve ser tratada com seriedade e sem violência. "A mulher é dona do seu corpo e deve brincar sem assédio. Esse é o caminho. Uma festa linda dessa não poderia deixar essa mensagem de fora".
Campanha
A campanha "Carnaval Sem Assédio" também acontecerá em blocos de rua da capital e será divulgada nas redes sociais da Prefeitura de Vitória e por mensagens instantâneas. Ela traz as seguintes mensagens:
"Depois do Não tudo é assédio"
"Fantasia não é convite"
"Sexo sem consentimento é estupro"
"O corpo dela não é sua fantasia"
"Ela não te quis? Aceita que dói menos"
"Manual da paquera: Me olhou, te olhei, paquerei, te paquerei e rolou a química. Se não for assim é assédio".