Prefeitura de Vitória

Estreando os desfiles de 2024 no Sambão do Povo, na sexta-feira (02), a escola de samba Andaraí vai trazer em seu enredo e nas suas fantasias a essência da contação de histórias na infância, mostrando também os impactos que a ação tem, a sua importância e valorização. 

Para a agremiação, nos dias atuais, com o fácil acesso à informação, os contos de fadas teriam perdido seus espaços para os jogos, fazendo com que a importantes histórias tenham caído no esquecimento. 

Resgatando um enredo de 1991, a escola canta "Histórias que a vovó contava", que comtempla as histórias do bairro Santa Martha, valoriza a cultura popular tradicional e a essência ancestral. Além de apresentar as histórias tradicionais dos contos de fadas e as influências tecnológicas, esta reedição dá foco às histórias que são contadas também pelas vovós do bairro. 

Andaraí

Fundada em 1946, Andaraí entra na avenida com 18 alas, três carros alegóricos e 1300 componentes. 

"A escola decidiu reeditar este enredo para trazer não somente a comunidade de Santa Martha a memória de um lindo desfile, mas também reforçar a importância da infância e a ludicidade das histórias infantis. Vivemos em um mundo tecnológico no qual a criança tem perdido a essência da diversão. Queremos reativar a memória dos adultos e fazer despertar a curiosidade dessa nova geração ao despertar da leitura", disse o carnavalesco da Andaraí, Marcelo Braga.

Marcelo diz ainda que o enredo foca nas histórias que a vovó contava e busca valorizar também a cultura popular, que é transmitida a partir de histórias, para os seus. 

"Apresenta a nova forma de se ouvir histórias, que são as salas de aula e as consequências da tecnologia nesse trajeto. Estamos todos empenhados na responsabilidade de abrir o carnaval de Vitória em grande estilo mostrando a potência da Venenosa de Santa Martha. Que a escola tenha um lugar cativo no Grupo Especial, está vindo brigar para subir", concluiu.

Andaraí - Histórias que vovó contava 

Vovó, que maravilha ser criança!

Me conta a velha história pra eu sorrir,

E faça mais feliz da minha infância,

Pois quero me embalar com andaraí

 

São páginas que o pensamento alcança 

Eu me lembro em flor criança, 

Quando o mundo me sorriu 

Contos de purezas e encantos...

Que no tempo não se perderam.

E o amor, começou no sapatinho 

Mais tarde cinderela em princesa se tornou 

Foi na gaiola que maria e joãozinho, 

A bruxa feiticeira para sempre os trancou.

 

Me embala vovó... me embala eu não quero chorar

Eu só receio lobo mau me atacar

 

E o rosto...e o rosto que a vida pintou 

Foi decantado em verso e prosa

Mas a sua alegria, palhaço 

Nem sempre foi um mar de rosas 

Por quê? hoje, nesse mundo adverso 

O que dizem ser progresso 

Abalam as riquezas naturais.

Até parece, que estão de mal com humanidade 

Lhes tirando a liberdade de criar .

Deixem de lado o robô 

Usem o botão de uma flor 

Na esperança de um mundo mais irmão 

Pois o futuro virá e vale a pena alertar 

Use a cabeça, não esqueça o coração.