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Campanha incentiva vizinhos a denunciar violência contra a mulher

Publicada em 16/06/2020, às 07h32

Por Josué de Oliveira, com edição de Matheus Thebaldi


  • Igualdade de gênero
  • Redução das desigualdades

Divulgação Semcid
Campanha violência contra a mulher
Campanha estimula as pessoas a fazer denúncias ao ouvirem ou presenciarem atos de violência contra a mulher (ampliar)

Se, antigamente, o ditado dizia que "em briga de marido e mulher, não se mete a colher", hoje tudo mudou, e os vizinhos têm o dever de fazer a denúncia em casos de violência doméstica. É isso que incentiva a campanha "Protegidas e Conectadas", promovida pela Secretaria de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid).

A campanha também trabalha diversos outros temas para coibir a violência contra a mulher durante a pandemia do coronavírus. Entre eles, assédio nos coletivos, divisão de tarefas dentro de casa e onde buscar ajuda em caso de agressão.

A campanha é divulgada nas redes sociais, aplicativos de mensagens, nos coletivos municipais, nos serviços de saúde e assistência social em funcionamento e também em estabelecimentos comerciais.

Campanha da violência contra mulher

Denúncias

A coordenadora do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cramsv), Carla Coutinho, destaca que, em casos de conflitos entre casais dentro de casa, os vizinhos devem acionar os telefones 180 ou 190.

Segundo ela, o isolamento dificulta o acesso das vítimas aos canais de atendimento. "Faz-se necessário que vizinhos, parentes, amigos ou conhecidos estejam ajudando essas vítimas e fazendo as denúncias, lembrando que as mesmas são anônimas, sendo preservada a identidade do denunciante", destacou.

Acompanhamento

A secretária de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho, Renata Freite, destaca que um dos principais canais de atendimento é o Cramsv.

O serviço está funcionando em regime de plantão telefônico, pelo número (27) 99520-1927. O atendimento, que oferece acompanhamento psicossocial para as mulheres, é feito de segunda a sexta-feira, das 12 às 19 horas.

"As mulheres precisam saber que não estão sozinhas neste momento de isolamento social e que podem contar com o apoio do poder público para buscar orientação devida, atendimento especializado e proteção. Juntas e conectadas, podemos interromper o ciclo de violências e, consequentemente, garantir seus direitos e a dignidade humana", destacou Renata Freire.


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