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Busca ativa facilita acesso do munícipe a rede de proteção social na capital

Publicada em 23/09/2022, às 15h55 | Atualizada em 23/09/2022, às 15h57

Por Rosa Blackman (rosa.adrianaeira$4h064+pref.vitoria.es.gov.br), com edição de Andreza Lopes


  • Erradicação da pobreza
  • Redução das desigualdades

Foto Divulgação
Senhor José Murilo com a equipe do Sead que atende idosos em situação de vulnerabilidade
Equipe do Serviço Especializado de Atendimento Domiciliar ematendimento a idoso em situação de vulnerabilidade (ampliar)

Você sabe o que significa busca ativa? A resposta para este questionamento é apresentada de diversas formas pelo Google, mas a aplicação prática da explicação pode ser vista visitando e ouvindo o que dizem as técnicas de referência que atuam nos Centros de Referência em Assistência Social (Cras) de Vitória. Para esses profissionais, a busca ativa é ir até as famílias e levar direitos, apresentar serviços públicos e colocá-las dentro da rede de proteção e promoção social.

A exemplo disso, diariamente a técnica do Cras Centro, Nency Portela, realiza ligações telefônicas, faz visitas domiciliares e percorre as ruas dos bairros que compõem o território daquele Cras, em busca de famílias para serem assistidas.

O Cras Centro engloba os bairros Do Cabral, Capixaba e Comunidade de Cidade Alta  (Centro Fonte Grande), Ilha do Príncipe, Do Moscoso, Parque Moscoso, Piedade, Do Quadro, Santa Clara e Vila Rubim. Nesse Cras, já estão cadastradas 7.674 famílias.

"A gente não fica sentado esperando a demanda espontânea. A gente identifica através das escutas qualificadas feitas pela equipe de atendimento do Cras, recebemos denúncias e outros encaminhamentos feitos pela rede intersetorial, que reúne serviços e profissionais de outras áreas, como da Saúde e Educação", comentou ela.

Nency explicou que a busca ativa da Assistência Social é feita de forma planejada por todos. Ela complementou que a adoção da busca ativa é estrategicamente usada para efetivação do acesso, potencializando ações de caráter preventivo, inclusive do agravamento das situações.

Nesse trabalho, as equipes de referência deslocam-se para conhecimento do território; para contatos com atores sociais locais (líderes comunitários, associações de bairro etc.). "Tudo isso, com objetivo de obtenção de informações e dados provenientes de outros serviços socioassistenciais e setoriais", falou ela.

Ela aponta os principais ganhos promovidos pela busca ativa, que vão desde a fomentação da proatividade da política de assistência social à consumação de ações que previnem a ocorrência de vulnerabilidades e riscos sociais, que restaurem os direitos violados; fortalece e qualifica a vigilância socioassistencial; e assegura que a proteção social seja capaz de chegar onde os mais vulneráveis estão.

Além disso, esse método de trabalho contribui para o planejamento e oferta de serviço, programas, projetos e benefícios de acordo com a real demanda; promover o protagonismo e a participação social; e reforçar o compromisso com a afirmação da democracia, da igualdade, da inclusão e da justiça social.

Para a gerente de Atenção à Família da Semas,  Cremilda Astorga, a busca ativa é uma ferramenta essencial da proteção social. "Por meio dela temos conhecimento e informações sobre o território, o que nos permite realizar o planejamento das ações de forma mais assertiva, visando a prevenção de situações de vulnerabilidades, além de nos possibilitar um maior conhecimento sobre as potencialidades tanto do território quanto das famílias que ali vivem", explica.

A secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, reforça que a busca ativa é uma importante estratégia para o trabalho social com as famílias. "Conhecer as pessoas e os territórios e ser reconhecido como política pública que protege o direito das pessoas é primordial no trabalho que desenvolvemos em Vitória", destacou a secretária.


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