Ewerton Ferreira fala sobre capacitismo para idosos do Centro de Convivência de Jardim Camburi.
O setembro que começou amarelo (de prevenção ao suicídio), agora, dá espaço também para o verde. É que o mês também é de conscientização nacional sobre a inclusão das pessoas com deficiência (PCD) e sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. E foi esse o tema do encontro realizado na tarde desta quinta-feira (18), com pessoas idosas que participam de atividades, oficinas e grupos no Centro de Convivência de Jardim Camburi (CCTI)
De acordo com a coordenadora do local, Ana Paula Goldner, o tema foi levado para o grupo como mais uma forma de incentivar o diálogo familiar sobre a importância da doação de órgãos e promoção à inclusão social de pessoas com deficiência.
Foto Divulgação
Ewerton Ferreira fala sobre capacitismo para idosos do Centro de Convivência de Jardim Camburi.
O ponto alto do encontro foi a palestra com o corredor Ewerton Ferreira, PCD visual, que abordou a temática da inclusão da pessoa com deficiência e o combate ao capacitismo (discriminação ou preconceito contra pessoas com deficiência).
Para Rezi Franzoti, de 79 anos, o momento mais marcante foi quando abordou os ensinamentos repassados pelos pais. Ione de Jesus Nascimento, 72, disse que foi muito importante ouvir o atleta, conhecer sua história e tudo o que ele já passou e vive, mas principalmente, sobre como ele sobreviveu neste mundo cheio de preconceitos. "Ele demonstrou ser um grande guerreiro e mostrou o quanto precisamos incluir as pessoas com deficiência na vida da cidade", comentou ela.
Marli Carmeline, 72, disse acreditar que a presença do atleta no CC Jardim trouxe um impacto positivo para todos(as) que tiveram oportunidade de ouvi-lo.
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Ewerton Ferreira fala sobre capacitismo para idosos do Centro de Convivência de Jardim Camburi.
A secretária de Assistência Social, Soraya Mannato, disse que é fundamental chamar atenção da sociedade para os direitos e demandas das pessoas com deficiência; dialogar sobre as experiências vividas pelas pessoas para reduzir o preconceito e o capacitismo, bem como atuar para um letramento coletivo e mudando a visão sobre a pessoa com deficiência.
"Incentivamos que as equipes planejem ações, aproveitando as datas de luta e/ou enfrentamento para os temas em evidência. É urgente falar sobre atitudes, crenças e práticas discriminatórias contra pessoas com deficiência, simplesmente, por acharem que elas são incapazes ou menos dignas de direitos básicos. O Centro de Convivência é um espaço que cabe estes bate-papos na busca da construção de uma sociedade mais justa, humana e igualitária", disse a secretária.